As autoridades dos EUA anunciaram esta quarta-feira que vão inspecionar as redes sociais de imigrantes em busca de sinais de antissemitismo ou assédio físico ao povo judeu "como base para negar pedidos de benefícios de imigração".

"Isto afetará imediatamente os cidadãos estrangeiros que solicitem residência permanente legal, estudantes estrangeiros e cidadãos estrangeiros afiliados a instituições de ensino ligadas a atividades antissemitas", disse o Departamento de Segurança Interna, num comunicado.

O Departamento explicou que "aplicará todas as leis de imigração relevantes em toda a extensão" para cumprir as ordens executivas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o combate ao antissemitismo e a proteção contra terroristas estrangeiros e outras ameaças.

O objetivo invocado é "proteger a pátria dos extremistas e terroristas estrangeiros, incluindo aqueles que apoiam o terrorismo antissemita, as ideologias antissemitas violentas e as organizações terroristas antissemitas como o Hamas [palestiniano], a Jihad Islâmica [palestiniano], o Hezbollah [libanês] ou os Ansar Allah, também conhecidos por Huthis".

A secretária Adjunta para os Assuntos Públicos do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, afirmou que os Estados Unidos "não têm lugar para os simpatizantes de terroristas do resto do mundo" e, por isso, o Governo de Trump "não tem qualquer obrigação de os admitir ou permitir que permaneçam".

"Que fique claro que qualquer pessoa que pense que pode vir aos Estados Unidos e usar a Primeira Emenda como escudo para promover a violência antissemita e o terrorismo deve repensar. Não são bem-vindos aqui", insistiu McLaughlin.

Com Lusa