Os observadores internacionais da NATO e da União Europeia (UE) denunciaram que as eleições de sábado na Geórgia foram "marcadas por desigualdades" entre candidatos, "pressões e tensões", avança a Agência France Press (AFP).
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da NATO e da UE, afirmaram que as eleições naquele país do Cáucaso foram "marcadas por desigualdades (entre candidatos), pressões e tensões", descrevendo o ato eleitoral como "prova do declínio da democracia" na Geórgia.
A AFP cita os observadores do Parlamento Europeu que denunciaram fraudes durante aquele ato eleitoral e consideraram que o escrutínio marcou "um retrocesso na democracia" para o país candidato à UE.
"Manifestamos a nossa profunda preocupação com o retrocesso democrático na Geórgia. O desenrolar das eleições de ontem é uma prova lamentável desse facto", afirmaram os observadores, citados pela AFP.
Os observadores europeus apontaram ainda "casos de "enchimento de urnas" e denunciaram terem sido alvo de "agressões físicas".
A Comissão eleitoral Central da Geórgia anunciou esta manhã a vitória do partido no poder, o Sonho Georgiano, com 54,08% dos votos, derrotando a coligação pró-europeia, que se recusou a admitir a derrota.
Em conferência de imprensa, o presidente daquele órgão eleitoral anunciou a vitória do partido do primeiro-ministro, Irakli Kobajidze, referindo que a oposição teve 37,58% dos votos (a Coligação para a Mudança teve 10,8 %, o Unidade - constituído pelo Movimento Nacional Unido (MNU), fundado pelo antigo Presidente georgiano Mikheil Saakashvili, preso, e pelo partido Estratégia do Renascimento atingiram os 10,12 % e os partidos Geórgia Forte e Gajaria para a Geórgia, obtiveram 8,78% e 7,76%, respetivamente).
Ainda na noite de sábado, perante os primeiros resultados do ato eleitoral, a oposição contestou a vitória do Sonho Georgiano, considerando que houve "resultados distorcidos".
A Associated Press (AP) salienta que observadores eleitorais da NATO e a UE, espalhados por todo país para acompanhar as votações, relataram várias violações e defendem que os resultados "não correspondem à vontade do povo georgiano".