A Presidente cessante pró-europeia da Moldova, Maia Sandu, que soma 54% dos votos quando a contagem está praticamente concluída, reivindicou vitória, no final de uma eleição presidencial marcada por suspeitas de interferência russa.
"Moldova, sois vitoriosos! Hoje, caros moldavos, deram uma lição de democracia digna de aparecer nos livros de história. Hoje, salvaram a Moldova!", disse Maia Sandu, num discurso na sede da sua campanha.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu: “Só uma verdadeira segurança e uma Europa pacífica e unida podem dar a cada pessoa e a cada família a confiança necessária para enfrentar o futuro com esperança e certeza.”
O Centro Ucraniano de Comunicação Estratégica, um organismo governamental encarregado de combater a desinformação, também saudou o resultado das eleições, afirmando que a Moldova repeliu uma campanha de influência russa classificada por Kiev como manobra política de "grande escala".
"As operações de interferência eleitoral da Rússia na Moldova falharam. Felicitamos o povo pela vitória duramente conquistada", afirmou o departamento governamental ucraniano.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já felicitaram Maia Sandu pelo resultado. Também o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, felicitou a Presidente cessante pró-europeia da Moldova, Maia Sandu, pela vitória na eleição presidencial de domingo, marcada por suspeitas de interferência russa, condenando os ataques híbridos.
"Felicito Maia Sandu de todo o coração pela sua vitória nas eleições presidenciais na Moldova", escreveu Josep Borrell, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). De acordo com o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, "os moldavos mostraram mais uma vez a sua determinação em construir um futuro europeu, apesar das tentativas híbridas de minar a democracia".
Com quase 99% dos votos contados na segunda volta das eleições presidenciais realizadas no domingo, Sandu teve 54,7% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral Central, ou CEC, em comparação com 45,3% de Alexandr Stoianoglo, um ex-procurador-geral que foi apoiado pelo Partido dos Socialistas pró-Rússia.
O resultado constitui um alívio para o Governo pró-Ocidente, que apoiou fortemente a candidatura de Sandu e o seu impulso para laços ocidentais mais estreitos no caminho da Moldova em direção à União Europeia (UE).
A afluência às urnas, que fecharam às 21:00 locais (19:00 em Lisboa), foi de mais de 1,68 milhões de pessoas - cerca de 54% dos eleitores elegíveis, segundo a CEC. A grande diáspora moldava, que votou num número recorde de mais de 325.000 eleitores, favoreceu fortemente Sandu na segunda volta.
Na primeira volta, realizada a 20 de outubro, Sandu obteve 42% dos votos, mas não conseguiu obter uma maioria absoluta sobre o segundo classificado, Stoianoglo.
Com um mandato de quatro anos, a função presidencial na Moldova tem poderes significativos em domínios como a política externa e a segurança nacional.