
O 'Sínodo da Sinodalidade' tem sido celebrado nos últimos anos com o objetivo de reformar a igreja católica.
Com esta decisão, o Papa convoca uma assembleia para consolidar o já feito sem convocar um novo Sínodo, conforme anunciou hoje o cardeal Mario Grech, secretário-geral da Secretaria-Geral do Sínodo, numa carta enviada a todos os representantes máximos da igreja católica, adiantou a EFE.
Estes encontros de acompanhamento foram aprovados pelo Papa no hospital Gemelli em 11 de março e têm por objetivo a implementação do Sínodo, lançado para o período de 2021-2024 e que se centrou no tema "Por uma igreja sinodal. Comunhão, participação, missão".
O documento final, redigido depois de três anos de trabalhos, "faz parte do magistério ordinário do sucessor de Pedro" e, "como tal, requer ser acolhido", o que "implica para as igrejas locais e agrupamentos de igrejas o compromisso de por em prática" as indicações, através de processos de "discernimento e decisão".
Para este processo de ação renovou-se o envolvimento de todas as pessoas que deram o seu contributo durante o Sínodo, para colher os frutos da auscultação de todas as igrejas.
Os instrumentos básicos serão as "equipas sinodais formadas por sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, leigos e leigas, acompanhados pelo seu bispo" e estas equipas devem ser reforçadas e, se necessário, "renovadas, reativadas e integradas adequadamente", segundo recomendou o secretário-geral.
O cardeal Grech disse que em maio será publicado um documento específico para indicar a sua implementação concreta e posteriormente, entre o primeiro e o segundo semestre de 2027, realizam-se assembleias de avaliação nas dioceses, paróquias e conferências episcopais.
O primeiro e segundo semestre do ano de 2028 vão estar destinados a assembleias continentais de avaliação e de publicação do 'Instrumentum laboris' (documento com o método de trabalho) da assembleia eclesial de outubro de 2028.
O Sínodo para reformar a igreja foi concluído com recomendações para maior escuta dos fiéis e mais acolhimento, mas sem garantir mais igualdade às mulheres, que pediam, entre outras coisas, a abertura do diaconato.
De acordo com a última atualização do estado de saúde do Papa Francisco, divulgada na sexta-feira, quando passou um mês do seu internamento devido a uma pneumonia bilateral, o chefe da igreja católica apresenta um quadro clínico "estável" e recupera "pouco a pouco".
Francisco, de 88 anos, está hospitalizado desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia bilateral e a outros problemas respiratórios.
Após várias crises complicadas, o líder da Igreja Católica apresenta melhorias e uma boa resposta à terapia.
A sua situação é "estável" num quadro clínico "complicado", razão pela qual os médicos se mantêm cautelosos, não estando para já prevista a sua alta hospitalar.
O argentino continua com a terapia, que inclui fisioterapia respiratória e motora.
IMA (PL) // FPA
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