Hoje, a Defesa Civil anunciou a morte de 11 palestinianos, "incluindo crianças", em dois ataques aéreos contra campos de refugiados, em Al-Bureij e Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, e disparos de artilharia em Beit Lahia.
Testemunhas relataram ainda à agência de notícias AFP um intenso fogo de artilharia na zona de Al-Mawasi (sul).
De acordo com a agência de notícias EFE, quatro crianças morreram nestes ataques israelitas.
Hossam Abou Safiyeh, diretor do hospital Kamel Adwan, no norte da Faixa Safiyeh de Gaza, ficou gravemente ferido durante a noite de sábado para hoje, após um ataque com 'drones' ao centro hospitalar.
Safiyeh foi ferido nas costas e na coxa por fragmentos de metal após o ataque ao complexo hospitalar, disse à AFP o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmmud Bassal, sublinhando que o médico agora encontra-se "estável".
O hospital Kamel Adwan é um dos últimos que ainda funciona parcialmente no território palestiniano, que enfrenta uma grave crise humanitária.
As equipas deste hospital reportaram várias greves no estabelecimento nos últimos dias, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a dizer-se "profundamente preocupada" com a situação de 80 doentes, incluindo oito em cuidados intensivos, e funcionários.
Os hospitais da Faixa de Gaza foram atingidos várias vezes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo islamista palestiniano a Israel, em 07 de outubro de 2023.
O exército israelita afirma que o Hamas utiliza estes edifícios como bases, escondendo as suas atividades entre os civis, algo que o Hamas e o pessoal médico negam.
O norte do território palestiniano é palco de uma grande ofensiva, lançada em 06 de outubro pelo exército israelita, que diz querer impedir que o Hamas reconstitua as suas forças.
Mais de 44 mil pessoas já morreram em Gaza desde o início da guerra, segundo as autoridades do enclave, controladas pelo Hamas.
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