O grupo de moda italiano Prada está entre os potenciais interessados em adquirir a marca de luxo Versace, atualmente propriedade da americana Capri Holdings, segundo o jornal italiano Il Sole 24 Ore.
O jornal italiano refere que o grupo liderado por Miuccia Prada e Patrizio Bertelli, cujo presidente executivo é Andrea Guerra, estaria a analisar a potencial operação.
No entanto, a Prada não seria a única empresa na ‘corrida’, já que outros grupos de moda também teriam entrado no mercado, especialmente fundos privados de investimento.
O jornal relembra também que há um ano a mesma operação foi considerada pela Exor, detida pela família Agnelli-Elkann, e pelo grupo Kering.
A Versace é propriedade da Capri Holdings desde 2018, quando a multinacional comprou a empresa por mais de 1,8 mil milhões de euros à família Versace e à Blackstone.
No entanto, o jornal observa que, desde meados de dezembro, os rumores apontam cada vez mais para a vontade da Capri de vender a Versace, bem como a Jimmy Choo, para a qual teria confiado um mandato ao banco Barclays para sondar possíveis interessados.
Esta seria a segunda vez em menos de uma década que a Prada olha para a Versace, já que em 2018, quando a Versace foi adquirida pela Capri Holdings com a saída do fundo Blackstone, a Prada considerou o dossier, embora tenha acabado por não avançar.
Segundo os bancos de investimento consultados pelo jornal, uma eventual integração entre a Prada e a Versace faria todo o sentido do ponto de vista industrial e permitiria a criação de um grande polo italiano no segmento do luxo.
Em outubro de 2024, um tribunal federal norte-americano bloqueou a fusão de 8,5 mil milhões de dólares (8,248 mil milhões de euros) entre a Tapestry, proprietária de marcas como a Coach e a Kate Spade, e a Capri Holdings, dona da Versace, Jimmy Choo e Michael Kors, que posteriormente se retirou do negócio.