O Presidente de Israel defendeu este domingo, 13 de outubro, uma investigação sobre o que descreveu como um "falhanço" do serviço de informações nacional que permitiu os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 que mataram 1200 pessoas.

Sem se dirigir diretamente ao Governo liderado por Benjamin Netanyahu, que se recusa a avançar com uma comissão de investigação enquanto durar a guerra, Isaac Herzog exigiu uma análise "fiável, flexível e independente" sobre os acontecimentos.

"O fracasso da inteligência, a falsa (noção de) dissuasão e a nossa flagrante arrogância custaram-nos mais uma vez um preço pesado e doloroso de muitas vidas ceifadas", salientou o Presidente israelita, durante uma homenagem, em Jerusalém, aos soldados mortos na guerra do Yom Kippur (1973).

"Devemos agir hoje, sem demora, tal como fizemos há 51 anos, e investigar profunda e exaustivamente", salientou o chefe de Estado israelita.

O Exército mantém investigações internas, das quais até agora não surgiram conclusões importantes, exceto a do reconhecimento do seu "fracasso" em proteger os residentes do kibutz de Beeri, um dos mais afetados pelos ataques do Hamas naquele dia.

O Governo tem insistido que "ainda não chegou o momento" de investigar o que aconteceu a nível estatal, alegando que a investigação poderia prejudicar a gestão da guerra em Gaza, embora o foco militar tenha agora mudado para o Líbano.

No final de setembro, a procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, garantiu que Netanyahu continua a recusar-se a abrir esta investigação, apesar dos seus constantes pedidos, informou o The Times of Israel.