"A política é um jogo e como em qualquer jogo, competição, só vencem as equipas cujo jogadores ou atletas se submetem à organização e disciplina do coletivo, e respeitam as regras do jogo e orientação da equipa técnica, disse João Lourenço na abertura da reunião do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

Sem referir nomes, o líder do MPLA realçou ainda que "ninguém começa o jogo sem ouvir o apito do árbitro, ninguém inicia a corrida de atletismo sem ouvir o tiro de partida, sob pena de ser desqualificado e prejudicar a equipa".

João Lourenço considerou que, em plena competição, não se podem deixar distrair "por agendas" que distraem do foco da necessidade de cumprir com o Programa de Desenvolvimento Nacional, de diversificação da economia, aumentar a produção nacional, garantir maior oferta de bens e de serviços, e aumentar as exportações e a oferta de postos de trabalho.

"Todo o nosso saber, talento e energias devem estar concentrados na busca de melhores soluções para resolvermos os problemas do povo angolano, não se vislumbram eleições gerais no país para breve, por não ser o tempo estabelecido pela Constituição, igualmente não se vislumbram eleições no partido por não ter chegado o momento estabelecido pelos nossos estatutos", frisou.

Nos últimos meses, têm sido avançadas intenções de candidatos à presidência do MPLA, como as do general Higino Carneiro, quando João Lourenço está impedido pela Constituição angolana de concorrer a um terceiro mandato como Presidente da República.

Sobre os 50 anos de independência de Angola, que se assinalam no dia 11 de novembro de 2025, mote para a realização de um congresso extraordinário do MPLA em dezembro deste ano, João Lourenço sublinhou que o país deve orgulhar-se da sua história.

Segundo João Lourenço, nos últimos anos Angola vem melhorando a sua reputação e granjeando prestígio na arena internacional, graças à sua dinâmica de diplomacia, mas sobretudo pelas reformas realizadas em diversos domínios da vida política, económica e social do país.

O Comité Central do MPLA, órgão competente para convocar o congresso extraordinário, que não é eletivo, e decidir a sua agenda, está hoje reunido para analisar e aprovar as bases gerais do congresso e as comissões de trabalho.

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