O primeiro-ministro e a maioria dos ministros viajam esta sexta-feira de comboio para o Conselho de Ministros extraordinário que se realizará no Entroncamento (Santarém), dedicado às áreas da mobilidade e transição energética.
O ponto de encontro foi a Estação Ferroviária de Santa Apolónia, pelas 13:00, com o comboio a sair 15 minutos mais tarde.
Sem declarações aos jornalistas, Luís Montenegro sentou-se num espaço de quatro lugares com os ministros que deverão ser os protagonistas da reunião: o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e a ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, bem como o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, com várias pastas espalhadas entre os quatro.
Só não participarão na reunião ministerial o ministro da Defesa, que se encontra na Roménia, o ministro das Finanças, em reuniões, representados por secretários de Estado. Já o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, irá juntar-se aos restantes membros do Governo no Entroncamento.
Já depois de estar sentado no Intercidades que tem a Guarda como destino final, o primeiro-ministro, acompanhado de vários ministros, voltou a sair do comboio para ir cumprimentar o maquinista na locomotiva.
"Foi um cumprimento apenas. Voltou imediatamente para o seu lugar", relata o jornalista da SIC José Manuel Mestre.
Os membros do XXIV Governo Constitucional viajam na primeira carruagem do comboio, que está reservada à comitiva e à comunicação social.
A reunião do Conselho de Ministros está marcada para as 15:00, na Câmara Municipal do Entroncamento, antecedida de uma fotografia do XXIV Governo Constitucional.
O curto percurso entre a estação e a Câmara será feito em autocarros elétricos.
Não estão previstas declarações do primeiro-ministro na viagem.
Sobre a viabilização do Orçamento do Estado, o núcleo duro do Governo considera que a reunião de quinta-feira com Pedro Nuno Santos correu bem, com sinais de que o PS está disponível para aprovar o orçamento.
Aprovadas medidas na área da mobilidade e transição energética
No debate quinzenal de quinta-feira, o primeiro-ministro anunciou que seriam aprovadas medidas na área da mobilidade e transição energética, destacando o passe ferroviário nacional com um custo mensal de 20 euros mensais, já anunciado em agosto.
De acordo com um documento da CP, a que a Lusa teve acesso, o Passe Ferroviário Verde vai ser válido no serviço Intercidades, em segunda classe, sendo obrigatória a "reserva de lugar antecipada", mas com um limite de antecedência máxima de 24 horas. Será ainda permitido reservar lugar, sem custos, no máximo para duas viagens distintas por dia.
A reserva, segundo o mesmo documento, "terá de ser feita nas bilheteiras da CP e nas novas Máquinas de Venda Automática instaladas nas estações da área Metropolitana de Lisboa".
Posteriormente - num prazo que o documento indica que será em breve - a reserva de viagem para o Intercidades ficará disponível na bilheteira online e na App da CP.
De fora do alcance deste passe ferroviário ficam os serviços Alfa Pendular e Internacional Celta, e a primeira classe dos serviços Intercidades e InterRegional.
Relativamente aos comboios urbanos, o documento a que a Lusa teve acesso, indica que o Passe Ferroviário Verde pode ser usado em todos os urbanos de Coimbra, mas nos de Lisboa e do Porto a utilização está limitada às viagens fora das respetivas áreas metropolitanas.