O procurador especial norte-americano, Jack Smith, vai desistir de dois processos criminais que envolvem Donald Trump. Um deles acusa o republicano de tentar reverter o resultado das eleições de 2020. O outro, envolve a posse de documentos classificados.

Na recomendação enviada ao juiz, Jack Smith diz que a constituição exige que os processos sejam arquivados antes tomada de posse como presidente do país.

"Após cuidadosa consideração, o departamento determinou que as opiniões anteriores [do Gabinete de Assessoria Jurídica] sobre a proibição da Constituição sobre indiciamento e processo federal de um presidente em exercício se aplicam a esta situação e que, como resultado, este processo deve ser rejeitado antes que o réu seja empossado", cita a CBS news.

Jack Smith acrescentou ainda que "essa proibição é categórica e não depende da gravidade dos crimes acusados, da força da prova do governo ou dos méritos do processo, que o governo apoia totalmente".

Trump é acusado no Distrito de Colúmbia pelas suas tentativas de reverter os resultados das eleições que perdeu em 2020 contra o atual Presidente, o democrata Joe Biden, e por ter alegadamente instigado o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021. A vitória eleitoral está a permitir-lhe limpar o seu horizonte judicial.

A equipa do presidente eleito fala numa "grande vitória para o estado de direito"

"A decisão de hoje do Departamento de Justiça põe fim aos casos federais inconstitucionais contra o Presidente Trump e é uma grande vitória para o Estado de Direito", advogou o porta-voz do político republicano, Steven Cheung.

De acordo com o comunicado, quer a população norte-americana, quer o próprio Trump "querem o fim imediato da utilização" do sistema judicial "como arma política" e estão ansiosos por "unir o país".

"O povo americano reelegeu o Presidente Trump com um mandato esmagador para tornar a América grande novamente", disse Cheung, aludindo ao 'slogan' da campanha do Presidente eleito "Make America Great Again'.

Com LUSA