O fabricante automóvel japonês Nissan vai cortar 9.000 postos de trabalho em todo o mundo e reduzir em 20% a capacidade de produção, anunciou a empresa, na sequência de uma quebra nas vendas.

Durante a apresentação dos resultados referentes ao período de abril a setembro, o segundo maior fabricante japonês do setor e membro da aliança com a Renault e a Mitsubishi reviu em baixa as previsões de receitas e lucros operacionais para o exercício financeiro de 2024.

"Confrontada com a gravidade da situação, a Nissan está a tomar medidas urgentes para recuperar o seu desempenho e criar uma empresa mais ágil e resiliente", refere o fabricante japonês, em comunicado.

A Nissan fará esta ampla reestruturação "com o objetivo de se tornar mais forte, mais resistente e adaptável para o futuro", segundo disse o presidente e diretor executivo da empresa, Makoto Uchida, em conferência de imprensa.

Uchida não deu detalhes sobre quais os países ou quando exatamente ocorrerá o corte nos postos de trabalho, afirmando apenas que o nível de produção de cada região onde a empresa está presente será "revisto e analisado".

O responsável da Nissan Motor anunciou ainda que haverá mudanças na liderança da empresa, que ocorrerão nos próximos meses, bem como cortes na remuneração dos seus executivos de topo, fruto dos resultados negativos hoje apresentados.