Os rebeldes hutis do Iémen reivindicaram um ataque que teve como alvo um navio que viajava pelo estreito de Bab el-Mandeb, junto ao mar Vermelho, depois de uma interrupção dos ataques de 18 dias.

O porta-voz militar dos hutis reivindicou o ataque na noite de segunda-feira e identificou a embarcação como o navio de carga Motaro, de bandeira liberiana, e afirmou, sem fornecer provas, que os rebeldes atingiram o navio.

O general brigadeiro Yahya Saree também reivindicou dois outros alegados ataques no mar Arábico, mas não ofereceu qualquer prova de que tenham ocorrido.

O ataque foi avançado pela tripulação do navio, que passava pelo estreito de Bab el-Mandeb, que separa o mar Vermelho do golfo de Áden e a península Arábica da África Oriental, referiu a agência de segurança marítima UKMTO.

De acordo com a UKMTO, que está sob a tutela do exército do Reino Unido, o capitão relatou duas explosões perto da embarcação, embora "o navio e toda a tripulação sejam considerados seguros".

A empresa de segurança privada Ambrey também descreveu o ataque como envolvendo "duas explosões próximas" do navio.

A Ambrey acrescentou que o navio não estava a transmitir a sua posição no momento do ataque e que tinha uma força de segurança armada privada a bordo, algo que muitos navios optaram por fazer devido aos ataques dos hutis.

O último ataque dos rebeldes iemenitas tinha acontecido a 10 de outubro, tendo como alvo o navio-tanque químico de bandeira liberiana Olympic Spirit.

Os hutis atacaram com mísseis e 'drones' mais de 90 navios mercantes desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, tendo apreendido um navio e afundado dois, numa campanha que causou a morte de quatro marinheiros.

Outros mísseis e 'drones' foram intercetados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos no mar Vermelho ou não conseguiram atingir os seus alvos, que incluíram também navios militares ocidentais.

Os rebeldes afirmam que têm como alvo navios ligados a Israel, aos EUA ou ao Reino Unido, para forçar o fim da campanha de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza.

A violência perturbou o transporte internacional através do mar Vermelho, outrora avaliado em milhares de milhões de dólares em mercadorias anualmente.