O Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Abreu, recebeu hoje, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) no Palácio de São Lourenço, num encontro marcado pelo reconhecimento da importância estratégica e solidária das Forças Armadas (FA) para a Região.

Na ocasião, Ireneu Cabral Abreu sublinhou a relevância da visita, afirmando que “a vinda do CEMGFA é sempre motivo de satisfação para todos nós, pelo que significa no apoio e solidariedade das Forças Armadas para com a Região”, afirmou, destacando o papel multifacetado desta entidade, lembrando que, para além das missões de soberania, nomeadamente na defesa da plataforma continental, o seu contributo também se estende a diversas áreas do quotidiano regional.

" A acção das Forças Armadas multiplica-se na ajuda no âmbito da proteção civil, no acolhimento dos desalojados no contexto de catástrofes naturais, na ligação inter-ilhas, na busca e salvamento, no transporte de doentes e muito mais", enumerou, deixando uma nota de reconhecimento. “Por tudo isto, um forte sentimento de gratidão para com as Forças Armadas anima as nossas gentes", sublinhou.

O Representante da República não deixou de abordar o actual contexto internacional, alertando para as crescentes ameaças e a necessidade de reforço da capacidade dissuasora das Forças Armadas. "O papel dissuasor das nossas FA nestes tempos complexos apresenta-se como decisiva perante as ameaças que se desenham. A Europa tem de acordar da letargia repousada num chapéu nuclear e numa Nato que revelaram a sua fragilidade e falta de coesão", referiu.

Ireneu Cabral Abreu defendeu que as Forças Armadas devem ser “devidamente apoiadas em meios humanos e materiais adequados para essa função determinante".

"Tudo isto deveria ser concretizado num contexto europeu, idealmente com umas Forças Armadas europeias, para evitar redundâncias e desperdícios. Mas se isso não for possível, que exista ao menos um concerto de Nações que aproveitem e potenciem o exercício conjunto dos seus meios disponíveis, para a salvaguarda do nosso património comum, de valores e direitos fundamentais de Países que vivem em democracias maduras, moldadas no respeito dos direitos humanos e do direito internacional. E que tudo isto se possa agilizar com equilíbrio e prudência e sem prejudicar o “acquis” do nosso Estado Social", concluiu.