O exército ucraniano reportou este domingo uma onda maciça de ataques com dois mísseis e 80 drones russos disparados de manhã contra várias regiões do país, que deixaram pelo menos dois feridos e danificaram várias infraestruturas.

“Na madrugada de 22 de setembro, o inimigo atacou com dois mísseis aéreos guiados X-59/69 o espaço aéreo da zona temporariamente ocupada da região de Luhansk e lançou 80 drones de ataque do tipo Shahed a partir de Yeisk e de Kursk, no Federação Russa”, informou a Força Aérea Ucraniana nas suas redes sociais.

O exército ucraniano referiu que 71 drones de ataque foram abatidos e outros seis foram neutralizados no solo, e observou que as defesas aéreas ucranianas foram ativadas nas regiões de Khmelnitsky, Vinitsia, Cherkassy, Kirovohrad, Yitomir, Kiev, Sumi, Poltava, Kherson e Mikolaiv.

Em Kharkiv, outro ataque bombista a edifícios residenciais fez 21 feridos, incluindo três menores, e causou danos em sete blocos de apartamentos.

“Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças, um menino de 17 anos, uma menina de 17 anos e uma menina de 8 anos”, escreveu Oleg Synegoubov na rede social Telegram.

Oito pessoas foram hospitalizadas, incluindo duas em estado grave, acrescentou.

O ataque ocorreu no final da noite de sábado num distrito de Kharkiv (nordeste), cidade muito próxima da fronteira com a Rússia e que tinha 1,4 milhões de habitantes antes da guerra.

Outras notícias que marcaram o dia

O Presidente ucraniano afirmou que, durante a última semana, a Rússia lançou 900 bombas aéreas guiadas, 400 drones kamikaze do tipo Shahed e quase 30 mísseis de vários tipos contra a Ucrânia.

⇒ As forças russas reivindicaram terem melhorado as suas posições em vários setores da frente ucraniana, tendo repelido 19 contra-ataques no último dia e causado 1570 baixas às tropas da Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa russo.

⇒ Por seu lado, o grupo militar do Sul “ocupou posições mais favoráveis” e causou perto de 560 baixas ao inimigo ao enfrentar 13 brigadas ucranianas na região de Donetsk, onde continuam a aproximar-se de Chasiv Yar e do centro logístico estratégico de Pokrovsk.