
O director regional das Comunidades e Cooperação Externa, Sancho Gomes, enfatizou esta quarta-feira a importância crucial das associações de imigrantes para a plena integração das comunidades na sociedade madeirense. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente do Conselho Executivo da AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo, Pedro Portugal Gaspar, e com a presidente da Associação Ucrânia com Amor, Catarina Leacock.
"O movimento associativo imigrante é essencial para facilitar o diálogo intercultural e promover a coesão social na Região Autónoma da Madeira", afirmou Sancho Gomes. O diretor regional ressaltou ainda que o Governo Regional mantém uma colaboração estreita com todas as associações de imigrantes, visando promover o multiculturalismo e resolver questões relacionadas com a integração, especialmente nos âmbitos administrativo e de apoio social.
Durante o encontro, foi discutida a recente prorrogação do Estatuto de Proteção Temporária até 31 de Março de 2026, uma medida que assegura a continuidade dos apoios e direitos concedidos aos cidadãos ucranianos deslocados devido à invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Actualmente, residem na Madeira cerca de 1.250 cidadãos ucranianos, dos quais aproximadamente 900 chegaram após o início do conflito em 2022, sendo que 72% destes beneficiam do Estatuto de Proteção Internacional. A comunidade ucraniana pré-existente na Região é composta por cerca de 350 pessoas.
Sancho Gomes elogiou a capacidade de adaptação e participação activa da comunidade ucraniana na vida social, económica e cultural da Madeira. "É gratificante testemunhar a vitalidade da comunidade ucraniana, que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da nossa sociedade. A sua integração é um exemplo de sucesso", sublinhou.
Pedro Portugal Gaspar destacou o compromisso da AIMA em apoiar o associativismo imigrante, indicando que a Associação Ucrânia com Amor poderá ser uma das entidades beneficiárias dos programas de apoio promovidos pela agência.
Esta reunião insere-se numa série de iniciativas destinadas a fortalecer a colaboração entre entidades públicas e a sociedade civil no processo de integração dos migrantes, garantindo-lhes não apenas acolhimento, mas também oportunidades para uma vida digna e realizada na Região Autónoma da Madeira.