Mais de 150 pessoas foram esta quarta-feira hospitalizadas com ferimentos sofridos ao tentarem fugir de edifícios sacudidos pelo sismo de magnitude 6,2 ocorrido na cidade turca de Istambul, indicou o gabinete do governador.

"Devido ao pânico, 151 dos nossos cidadãos ficaram feridos por terem saltado de alturas elevadas", declarou o gabinete do governador de Istambul num comunicado.

"Estão a receber tratamento nos hospitais e não correm risco de vida", acrescentou.

Não houve relatos imediatos de mortos nem de danos graves na metrópole de 16 milhões de habitantes, segundo a agência de gestão de desastres e emergências da Turquia.

Murad Sezer

Abalo com hipocentro no Mar de Mármara

Segundo a AFAD, o sismo foi registado a uma profundidade de quase sete quilómetros, com hipocentro a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Istambul, no Mar de Mármara.

Foi sentido em várias regiões vizinhas, segundo os relatos dos meios de comunicação social locais.

Vários vídeos partilhados nas redes sociais mostram o impacto do abalo no interior de edifícios, assim como centenas de pessoas a saírem para a rua.

Passageiros e funcionários do aeroporto de Istambul também saíram do local em pânico.

O mesmo aconteceu com funcionários e pessoas que estavam em hotéis e lojas na praça central Taksim, que saíram para a rua, segundo a agência de notícias turca Anadolu.

O ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya, disse que a AFAD e todas as "instituições relevantes iniciaram as análises no terreno", refere a Anadolu.

"Apresento os meus melhores votos aos cidadãos afetados pelo terramoto. Que Alá proteja o nosso país e a nossa nação das catástrofes", acrescentou.

A Turquia é atravessada por duas grandes linhas de falha e os terramotos são frequentes.

Um sismo de magnitude 7,8 a 6 de fevereiro de 2023, seguido de outro horas mais tarde, provocou mais de 53.000 mortos na Turquia e 6.000 nas regiões norte da vizinha Síria.

SUSANA VERA

Os dois sismos destruíram o danificaram centenas de milhares de edifícios em 11 províncias do sul e do sudeste da Turquia e da Síria.

Com Lusa