
Os mercados financeiros respiraram de alívio durante um dia, mas as novas tarifas americanas de 104% impostas à China fizeram cair, de novo, as bolsas mundiais.
Depois de ter fechado em terreno positivo, a ascender 2,80%, a Bolsa de Lisboa abriu desta quarta-feira em queda, com o índice PSI (Portuguese Stock Index) a cair 1,74%, para os 6.325,72 pontos, com as principais cotadas a vermelho.
Os ventos de mudança chegaram também a mais países europeus. No início da sessão, Paris caiu -2,78%, Frankfurt -2,20% e Londres -2,47%.
Bolsas asiáticas voltam a cair
As bolsas asiáticas também voltaram a cair esta quarta-feira, quando o último conjunto de tarifas dos EUA, incluindo uma taxa de 104% sobre as importações chinesas, estão prestes a entrar em vigor.
Assim como já era esperado, a Bolsa de Tóquio fechou em queda acentuada, com o principal índice, o Nikkei, a perder 3,93%, equivalentes a 1.298,55 pontos ao longo do dia de negociações, para 31.714,03 pontos.
No entanto, os índices de referência das bolsas de Xangai e Shenzhen avançaram 1,31% e 1,22%, respetivamente, apesar da entrada em vigor das taxas adicionais.
O índice de referência da Bolsa de Valores de Xangai subiu 41,26 pontos, para 3.186,81, enquanto Shenzhen registou uma subida de 115,21 pontos, para 9.539,89. Estes mercados inverteram assim as perdas com que abriram a sessão, de 1,13% e 1,63%, respetivamente.
Tarifas dos EUA entram esta quarta-feira em vigor
Na terça-feira, nos Estados Unidos, o índice S&P 500 caiu 1,6%, após um ganho inicial de 4,1%. Este valor levou-o a ficar quase 19% abaixo do recorde estabelecido em fevereiro. O Dow Jones Industrial Average, por sua vez, caiu 0,8%, enquanto o Nasdaq Composite perdeu 2,1%.
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A incerteza ainda se mantém sobre os passos seguintes do Presidente norte-americano, Donald Trump, relativamente à guerra comercial. A entrada em vigor das tarifas mais altas está programada para a meia-noite, horário do leste dos EUA (05:00 em Lisboa), e os investidores mão fazem ideia de como prosseguir, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP).
- Com Lusa