Christian Brückner, considerado pelas autoridades alemãs suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, em 2007, foi absolvido de cinco crimes (três de violação e dois de abuso) cometidos entre 2000 e 2017 em Portugal, pelos quais estava a ser julgado.

O alemão foi absolvido por um tribunal em Braunschweig, no norte da Alemanha, que considerou que a defesa não apresentou provas suficientes para sustentar as acusações contra o homem de 47 anos.

Brückner foi identificado em junho de 2020 como o principal suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, que desapareceu em 2007 de um resort da Praia da Luz, no Algarve, mas nunca foi apresentada uma acusação formal e o alemão sempre negou qualquer envolvimento.

No caso em Braunschweig, Brückner foi acusado de violar a irlandesa Hazel Behan em 2004, também na Praia da Rocha, no apartamento da mulher; de violar uma adolescente na sua casa de férias na Praia da Luz, e de violar uma mulher idosa, também na Praia da Luz, em 2005. Além disso, os procuradores acusaram o alemão de se expôr em frente a duas crianças, uma menina alemã de 10 anos numa praia e uma rapariga portuguesa de 11 anos num parque de diversões.

A acusação pedia uma pena de 15 anos de prisão.

Brückner está preso pela violação de uma mulher norte-americana de 72 anos na Praia da Luz, um crime que ocorreu dois anos antes do desaparecimento de McCann. Vai cumprir a pena de sete anos na Alemanha, e a sua libertação está prevista para setembro de 2025.

Segundo o “The Guardian”, a acusação procurou sempre conectar o réu ao desaparecimento da menina britânica em Portugal. Mas, apesar de garantirem “provas concretas” sobre a relação entre Brückner e Maddie, essas provas nunca chegaram a ser esclarecidas. Para o advogado de Brückner, Friedrich Fülscher, o caso McCann era como “nevoeiro suspenso” sobre o julgamento.

[Notícia atualizada às 10h03]