O Ministério da Economia dá hoje início às reuniões com as associações empresariais, devido ao possível impacto das tarifas na economia nacional, com os encontros a continuarem na quarta-feira, segundo uma nota de agenda.

As reuniões terão início hoje, às 09:00, e irão decorrer "ao longo do dia", indicou o ministério na nota de agenda, divulgada na segunda-feira.

A tutela lembrou que "as reuniões do ministro da Economia com as associações empresariais, que estavam previstas entre quarta e sexta-feira, foram antecipadas" para hoje e quarta-feira.

Segundo o Governo, estão previstas reuniões com a ANIMEE - Associação Portuguesa de Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico, a AIP - Associação Industrial Portuguesa, a CIP - Confederação Industrial de Portugal, a APF - Associação Portuguesa de Fundição, a CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes e a APIP - Associação Portuguesa das Indústrias do Plástico.

Serão também ouvidas a APIB - Associação Portuguesa dos Industriais da Borracha, a APIMA - Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, a AIMMP - Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal, a APPICAPS - Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos e a APIC - Associação Portuguesa da Indústria de Curtumes.

A lista de associações empresariais recebidas pelo Governo inclui ainda a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a ANIVEC - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, a ANITLAR - Associação Nacional das Indústrias de Têxtil Lar, a ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, a APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça e AEP - Associação empresarial de Portugal e a AQuimica.

Na semana passada, a tutela indicou que o ministro da Economia, Pedro Reis, e o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, tinham agendado, para esta semana, uma ronda de reuniões com associações empresariais "para avaliar o impacto e as medidas de mitigação das tarifas anunciadas pela administração dos Estados Unidos nas empresas portuguesas e na economia nacional".

O objetivo é, segundo um comunicado divulgado na altura, "abrir um canal de diálogo com os setores que serão mais afetados pelo modelo das 'tarifas recíprocas'", designadamente a indústria automóvel, combustíveis, borracha, setor elétrico e eletrónico, metalurgia e metalomecânica, madeira e mobiliário, cortiça, calçado, curtumes, têxtil e vestuário, têxtil-lar e lanifícios, além das associações patronais AIP, CIP e AEP.

"Pretende-se auscultar as associações representativas das empresas destas atividades económicas sobre a avaliação que fazem do impacto da imposição das novas taxas aduaneiras sobre produtos europeus", avançou então o Ministério da Economia.

Ao mesmo tempo, o executivo quer ouvir "as propostas que têm para mitigar e minimizar esse impacto nas exportações nacionais".

Nos encontros bilaterais com as associações, o Ministério da Economia dizia que pretende ainda dar conta do que está "a ser articulado com a União Europeia para responder às novas tarifas e as medidas de proteção que estão a ser desenhadas para os diferentes setores de atividade".

Donald Trump anunciou na quarta-feira novas tarifas norte-americanas de 20% a produtos importados da União Europeia e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.

As novas tarifas foram impostas pelos Estados Unidos sobre todas as importações, com sobretaxas para os países considerados particularmente hostis ao comércio.

As bolsas mundiais têm estado em queda acentuada desde a semana passada, por causa das tarifas.

ALN (PD/IG) // CSJ

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