Três pessoas foram detidas na terça-feira, duas das quais por incêndio e agressões a agentes policias, na sequência dos desacatos após a morte de um homem baleado pela PSP na Cova da Moura, Amadora.
Os desacatos têm sucedido desde segunda-feira após a morte de um homem baleado pela PSP na Cova da Moura e que se espalharam a várias zonas de Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora).
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, confirmou aos jornalistas que três pessoas foram detidas no concelho da Amadora, duas por incêndio e agressões a agentes policiais e outro por incêndio e posse de material combustível.
Na Amadora, um agente foi apedrejado e duas viaturas policiais ficaram danificadas, bem como outras cinco viaturas, e vários caixotes do lixo foram incendiados.
Um grupo tentou ainda incendiar um posto de combustível.
No bairro da Portela, Carnaxide, Oeiras, foi incendiado na terça-feira à noite um autocarro, além de vários caixotes do lixo e uma viatura ligeira.
Já na noite de segunda-feira, pelo menos 30 pessoas causaram distúrbios no bairro do Zambujal, em Lisboa, onde morava o homem morto a tiro pela PSP na Cova da Moura.
Odair Moniz foi baleado fatalmente pela polícia na madrugada de domingo para segunda-feira na Cova da Moura.
Segundo a PSP, o homem de 43 anos terá fugido à polícia e, depois de ser abordado, terá resistido à detenção e tentado agredir os agentes com uma arma branca - tendo sido baleado.
O agente da PSP que disparou foi constituído arguido. A notícia foi confirmada esta terça-feira pela SIC que apurou que o agente já foi interrogado pela Polícia Judiciária e entregou a arma às autoridades.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária e levou à abertura de um inquérito urgente pela Inspeção Geral da Administração Interna.
Com Lusa