O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de captura contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Dei, que poderá já estar morto, por suspeitas de crimes de guerra.
Em causa estão suspeitas de crimes de guerra no Médio Oriente.
Segundo a Reuters, a decisão surge depois de, em maio deste ano, o procurador do TPI Karim Khan ter pedido a emissão destes mandados de captura.
O pedido foi avaliado pela Câmara de Pré-Julgamento do TIP, órgão constituído por três pessoas - a juíza presidente Iulia Motoc (da Roménia), a juíza Maria del Socorro Flores Liera (do México) e a juíza Reine Alapini-Gansou (do Benim), que considerou existir razões suficientes para acreditar que foram cometidos crimes de guerra ou contra a humanidade.
O procurador Karim Khan acusa os dois israelitas de utilizar a fome como método de guerra e causar sofrimento profundo a civis, com um número crescente de mortes entre a população na Faixa de Gaza, incluindo bebés, crianças e mulheres.
Já o líder do Hamas era acusados de “extermínio, homicídio, tomada de reféns, violação e outros atos de violência sexual, tortura, tratamento cruel no contexto do cativeiro, ultrajes à dignidade pessoal no contexto do cativeiro e outros atos desumanos.”
Ex-primeiro-ministro israelita fala em “vergonha” para o TPI
O ex-primeiro-ministro israelita Naftali Bennett foi o primeiro a reagir, na rede social X, considerando os mandados de captura contra Netanyahu e Gallat "um sinal de vergonha" para o TPI.
“Os mandados de prisão são uma vergonha, não para os líderes de Israel, mas para o próprio TPI e os seus membros", pode ler-se. "A 7 de outubro o Hamas atacou brutalmente Israel, assassinando, queimando vivos e violando mais de 1.200 israelitas. Israel está a travar a mais justa das guerras contra o mal puro. Todos os israelitas, à esquerda e à direita, apoiam a guerra cujos objetivos são libertar os israelitas raptados, esmagar o Hamas e restaurar a segurança em Israel.”