
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou, esta segunda-feira, que o Irão será "considerado responsável" por qualquer novo ataque dos huthis, após o movimento iemenita apoiado por Teerão reivindicar uma ação armada contra um porta-aviões norte-americano no Mar Vermelho.
"Cada tiro disparado pelos huthis será considerado, a partir de agora, como um tiro disparado por armas iranianas e pelos líderes iranianos, e o Irão será responsabilizado e sofrerá as consequências. E serão terríveis", escreveu o líder da Casa Branca na Truth Social.
O presidente norte-americano chamou aos rebeldes "gangsters e bandidos sinistros" e que são "odiados pelo povo iemenita", argumentando que os seus ataques foram criados pelo Irão.
O Presidente norte-americano acrescentou que o Irão tem sido uma "vítima inocente" de "terroristas desonestos", que já não controla, mas que continuam dependentes de Teerão.
"Eles comandam todos os seus movimentos, fornecendo-lhes armas, dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e até a chamada 'inteligência'", acrescentou o líder republicano.
Os huthis reivindicaram um contra-ataque no domingo contra o porta-aviões norte-americano Harry S. Truman, utilizado por Washington para levar a cabo uma vaga de bombardeamentos na noite de sábado contra os rebeldes na capital do país, Sanaa.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, indicou que vários líderes huthis foram mortos durante os ataques liderados pelos Estados Unidos.
"Espero que tenham entendido a mensagem claramente, porque todas as opções estão em cima da mesa", advertiu.
Os huthis, que controlam a capital Sanaa e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com drones e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.
Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.
Os rebeldes iemenitas ameaçaram continuar as suas operações até que Israel termine a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza.