A Rússia garante ter destruído 337 drones ucranianos na noite de segunda-feira, 91 dos quais tinham como alvo Moscovo. Aquele que foi o maior ataque ucraniano em território russo desde o início da ofensiva matou pelo menos uma pessoa.

O Ministério de Defesa da Rússia informa em comunicado, citado pela Agence France-Presse, que, para além dos 91 aparelhos abatidos sobre a capital, os sistemas de defesa russos intercetaram 126 drones na região de Kursk, junto à fronteira.

Na região de Vladimir, a cerca de 200 km a leste de Moscovo, dois drones foram abatidos e uma aldeia de cerca de 800 habitantes foi evacuada, segundo as autoridades locais.

As outras regiões visadas foram Bryansk e Belgorod, que fazem fronteira com a Ucrânia, bem como Ryazan, Kaluga, Voronezh e NizhnyNovgorod.

“O maior ataque de drones inimigos contra Moscovo foi repelido e centenas de drones militares foram abatidos nas fronteiras do país”, escreveu o presidente da C âmara da capital russa, Sergei Sobyanin , no Telegram .

Vários aeroportos condicionados

O governador da região de Moscovo, Andrei Vorobiov, revelou que os ataques coordenados vitimaram uma pessoa e feriram nove, incluindo uma criança, nos subúrbios a sul de Moscovo.

Entretanto, o aeroporto internacional de Vnukovo suspendeu o tráfego aéreo, enquanto os outros três aeroportos que servem Moscovo "introduziram restrições temporárias", informou a Rosaviatsia, a agência federal de aviação russa.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, acusou Kiev de atacar Moscovo pouco tempo antes da visita do secretário-geral da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que acontece esta terça-feira.

"Esta não é a primeira vez que uma visita a Moscovo de uma delegação estrangeira de alto nível é acompanhada por um ataque de drones das forças armadas ucranianas", escreveu Zakharova T elegram .

EUA e Ucrânia retomam conversações

Também esta terça-feira, na Arábia Saudita, a Ucrânia, vai apresentar aos Estados Unidos um plano para um cessar-fogo parcial com a Rússia, que inclui uma trégua aérea e marítima.

Será o primeiro encontro desde a discussão pública - e que tanto deu que falar - na Sala Oval entre Donald Trump, JD Vance e Zelensky.

A proposta vai ser analisada numa reunião entre os chefes da diplomacia dos dois países, acompanhados por altos responsáveis da Defesa, mas o plano é incompatível com as ambições de Moscovo.

Já o secretário de Estado norte-americano considera a proposta promissora, no entanto admite que Kiev deve estar disposta a ceder território à Rússia para alcançar um acordo de paz.