"Portugueses", que foi rodado ao longo das últimas semanas em cidades como Lisboa e Viana do Castelo, celebra o 25 de Abril de 1974, "olhando para os próximos 50 anos de Democracia, promovendo uma reflexão essencial e urgente sobre a importância da Liberdade e da justiça social em qualquer sociedade".

O musical conta com 50 atores e atrizes na interpretação de 13 temas "que são parte do cancioneiro nacional, que se transformaram em ação e derrubaram uma ditadura", refere a produtora em nota de imprensa.

Entre as canções escolhidas estão "Que força é essa", de Sérgio Godinho, "Canção do Soldado", interpretada por Adriano Correia de Oliveira, "Tourada", conhecida na voz de Fernando Tordo, e "Grândola Vila Morena", de José Afonso.

Para falar de liberdade e democracia e entrelaçar as canções, Vicente Alves do Ó filmou a história de dois homens, um jovem que foge da ditadura e um mais velho que o ajuda na fuga, e que vão contando as suas vidas.

"Ao longo de 13 canções atravessamos o país até voltar a este jovem que regressa a Lisboa, pouco depois da revolução, para reencontrar os seus e viver em Liberdade", refere a produtora.

O elenco de "Portugueses" conta com nomes como Diogo Branco, Rita Durão, Tomás Alves, Sérgio Praia, Ana Guiomar, Ana Lopes, Tomás Alves, Carlos Alberto Moniz, Kévim Vicente, Sandra Faleiro, Rui Melo, Ana Bola, Rita Lello, Lúcia Moniz e o próprio Vicente Alves Do Ó.

A atriz Lúcia Moniz assume ainda a direção musical do filme e o músico e produtor Fred Ferreira ficou com a coordenação do elenco na interpretação das músicas.

Segundo a Ukbar Filmes, "Portugueses" chegará aos cinemas em abril de 2025.

Vicente Alves do Ó tem ainda em mãos um filme por estrear em sala, intitulado "Malcriado", rodado no verão de 2022, também produzido pela Ukbar Filmes e cuja história se inspira na infância do realizador e na relação com as artes.

Vicente Alves do Ó, que nasceu em 1972 em Setúbal, é argumentista, realizador e escritor, tendo publicado em 2023 o romance "Que a vida nos oiça".

É autor de cerca de uma dezena de filmes de ficção, alguns dos quais de pendor biográfico, nomeadamente "Florbela" (2012), inspirado na vida da escritora Florbela Espanca, "Al Berto" (2017), sobre este poeta, e "Amadeo" (2023), sobre o artista plástico Amadeo Souza-Cardoso.

Escreveu ainda os argumentos dos telefilmes "Facas e Anjos" (2000), de Eduardo Guedes, e "Monsanto" (2000), de Ruy Guerra, e da longa-metragem "Kiss Me" (2004), de António da Cunha Telles, e encenou o monólogo "Variações, de António" (2016), interpretado por Sérgio Praia.

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