A amnistia assinada pelo secretário-geral do Partido Comunista Vietnamita, To Lam, exclui pessoas condenadas por "tentativa de derrubar" o Governo, ou "terrorismo", referiu o executivo, num comunicado de imprensa.

Desde 2009, o país comunista levou a cabo a libertação antecipada de mais de 92 mil prisioneiros, através de amnistias de grande envergadura no âmbito das celebrações nacionais.

Este ano, o indulto beneficia 3.765 detidos, incluindo cerca de 20 estrangeiros, provenientes do Camboja, China, Islândia e Estados Unidos, entre outros.

De acordo com o portal de notícia local VN Express, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Do Hung Viet, disse numa conferência de imprensa que o indulto inclui nove chineses, três cidadãos do Laos, dois nacionais do Camboja e dois norte-americanos.

A decisão coincidiu com uma visita aos Estados Unidos de To Lam, considerado a figura política mais influente do país.

Os detidos estrangeiros "cometeram crimes de homicídio, contrabando, organização de jogo e tráfico de pessoas para permanecerem ilegalmente no Vietname", disse Do Hung Viet.

O anúncio surge poucos dias após a libertação de dois conhecidos ativistas da proteção do ambiente e da defesa dos direitos humanos, Hoang Thi Minh Hong e Tran Huynh Duy Thuc, respetivamente.

As autoridades recusaram-se hoje a divulgar o número total de detidos por razões políticas.

Em agosto, o Governo referiu que cerca de 643 estrangeiros cumpriam na altura penas de prisão no Vietname.

A organização não governamental de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch estima que mais de 160 presos políticos estejam atualmente encarcerados no país.

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