Yaël Braun-Pivet foi reeleita presidente da Assembleia Nacional francesa. Foram necessárias três rondas para a candidata do Ensemble conseguir a eleição, uma vez que nenhum dos concorrentes obteve maioria absoluta nas duas primeiras voltas. Os 577 deputados votaram na tarde desta quinta-feira, na primeira sessão da XVII legislatura.

Na terceira volta, Braun-Pivet obteve 220 votos, enquanto André Chassaigne (Nova Frente Popular) conseguiu 207 e Sébastien Chenu (Reagrupamento Nacional) 141. Nesta última votação, a maioria relativa é suficiente: é eleito o candidato mais votado e, em caso de empate, seria designado o deputado mais velho.

Dirigindo-se aos deputados, Braun-Pivet expressou “grande emoção” e disse que todos têm uma “imensa responsabilidade”. “Esta assembleia é mais representativa do povo francês, mas também mais dividida”, salientou. “Comprometo-me a trabalhar com todos e cada um de vós. Esta eleição é mais importante para mim do que a de 2022 e vou empenhar-me ao máximo em trabalhar para o povo francês”, concluiu, citada pelo “Le Monde”.

Na primeira volta, Chassaigne obteve 200 votos, seguindo-se Chenu (142) e Braun-Pivet (124). Mais longe, Philippe Juvin (LDR) recebeu 48 votos e Naïma Moutchou (Horizons) 38 – ambos decidiram retirar-se da corrida. Em último lugar ficou Charles de Courson (LIOT), com 18 votos. Na segunda volta, Braun-Pivet registou 210, Chassaigne contabilizou 202, surgindo depois Chenu (143) e Courson (12), que se retirou antes da terceira e última volta.

Com 53 anos, Braun-Pivet – que foi ministra do Ultramar e é deputada desde 2017 – ocupava o cargo desde 2022, quando foi eleita pela primeira vez uma mulher para a presidência da Assembleia Nacional francesa. Durante o mesmo período, Chenu (51) foi vice-presidente. Já Chassaigne, de 74 anos, é um veterano comunista, deputado desde 2002.

As eleições legislativas francesas, cuja segunda volta decorreu no dia 7 de julho, resultaram na eleição de 182 deputados da Nova Frente Popular, 168 da coligação Ensemble (do Presidente Emmanuel Macron) e 143 do Reagrupamento Nacional. Nenhum dos três atingiu a maioria absoluta (289 lugares), mantendo-se assim em aberto a formação do novo Governo. Até lá, o executivo liderado por Gabriel Attal limita-se a gerir os assuntos correntes.