À medida que a Audi se prepara para entrar na Fórmula 1 em 2026, a excitação é palpável—mas também é a dura realidade vinda do seu recém-nomeado Diretor de Operações e Diretor Técnico, Mattia Binotto. Com anos de experiência a comandar o barco da Ferrari, Binotto é brutalmente honesto sobre o que está por vir para a Audi, descrevendo o desafio como nada menos do que escalar o Monte Everest.

Num movimento que deixou o mundo do automobilismo estupefacto, a Audi não se limitou a meter o dedo no pé na F1—comprou toda a maldita piscina. Ao adquirir a equipa em dificuldades da Sauber, a Audi tem a vantagem de começar com uma folha em branco, mas não se engane: esta não é uma história de regresso de conto de fadas. A Sauber, em último lugar na classificação de construtores deste ano, com zero pontos no seu nome, é um barco a afundar. E a Audi? Acabou de comprar o naufrágio.

Mas Binotto não é ingénuo. Com décadas na Ferrari, ele sabe o que é preciso para passar do fundo da grelha para o topo do pódio. No entanto, ele está ciente de que isso não acontecerá da noite para o dia. As ambições da Audi não estão centradas na glória instantânea. Estão a jogar a longo prazo, visando lutar por campeonatos até ao final da década, e não antes.

E quanto às perspetivas imediatas da equipa? Digamos apenas que não prenda a respiração à espera de um início de conto de fadas. A Audi precisará de lutar por cada ponto que conseguir, apenas para sair do porão. Mas há esperança de que a experiência que Binotto traz dos seus dias na Ferrari os empurre lentamente para cima na classificação. O seu foco em atrair os melhores talentos e construir uma infraestrutura sólida pode muito bem ser a sua tábua de salvação.

Uma coisa é clara: apesar dos rumores que circulam sobre questões internas do Grupo VW, o projeto de F1 da Audi é sólido como uma rocha, com Binotto a desmentir firmemente quaisquer sussurros sobre uma retirada. “Não é verdade,” diz ele de forma categórica, enquanto a Audi avança em direção à sua data de entrada em 2026.

Mas aqui está o verdadeiro golpe: quem se juntará a Nico Hulkenberg na ousada nova aventura da Audi? A decisão de Binotto sobre o companheiro de equipa de Hulkenberg para a próxima temporada pode ser um momento decisivo na jornada da Audi rumo ao topo.

O projeto de F1 da Audi é uma aposta enorme, e enquanto se lançam nesta empreitada de vários bilhões de dólares, fãs e analistas estão a fazer a mesma pergunta: A Audi vai voar até ao topo, ou vai desmoronar-se sob o peso da sua própria ambição? Apenas o tempo dirá.