-Que análise faz ao jogo?

- Primeira parte dividida entre duas boas equipas. Sporting não é um adversário qualquer, mas também não defrontou um adversário qualquer, pois não perdíamos em casa desde agosto [0-2 com o Santa Clara]. Na segunda parte houve mais Casa Pia do que Sporting até aos 77’, quando surgiu o penálti. Depois o Sporting controlou o jogo até final e nós não conseguimos, de todo, colocar em prática a estratégia para irmos, de novo, atrás do resultado. Ficámos bastante expostos e o Sporting foi aproveitando. Daí achar que a estatística final é um bocadinho enganadora, pois existe uma história de jogo até aos 77 minutos e outra depois dos 77. Não podemos sofrer, aos 10 minutos, um golo de canto. As equipas pequenas não podem sofrer, contra equipas grandes, golos de bola parada. Fomos incompetentes nesse momento e na forma como não conseguimos equilibrar.

- Que faltou para o Casa Pia ser mais eficaz na finalização?

- Havia a estratégia para entrarmos, por vezes, entre linhas com o Miguel [Sousa] a entrar como terceiro médio ou falso extremo a aparecer nas costas dos médios, tentando explorar o posicionamento do Esgaio, pois não é a posição natural dele. Mas, sim, faltou definição. Futebol é isto. Quando jogamos contra equipas grandes temos de ser concretizadores. O nosso golo, se virem bem, embora sendo um autogolo, há uma exploração do espaço. Tentámos fazer o mesmo na segunda parte, mas faltou a verticalidade para conseguir concretizar. Se marcássemos a história poderia ser diferente, mas é o tal se.

- Resultado enganador?

- Não. É justo, porque o Sporting foi mais concretizador, mas o Casa Pia deixa uma boa imagem, pois jogou o jogo pelo jogo. São apenas vitórias morais e estas não nos dão pontos. Só queremos as que nos dão pontos.