— Os dois golos da reviravolta são de dois avançados que saíram do banco, o que é que isto representa?
— Representa a qualidade do nosso plantel. Nós precisamos de todos, a jogar a cada três dias e a fazer jogos desta qualidade, precisamos de todos. Eu brinco muito com o Arthur Cabral, a dizer que isto foi uma martelada à Arthur. Ele já tinha feito um jogo muito bom e eu também o vejo no treino. E este golo começou a ser construído naquele momento em que ele recebeu aquele apoio do Estádio da Luz frente ao Estrela da Amadora. Eu olho para todos para tirar o melhor deles, hoje o Leandro Barreiro também foi muito importante. Depois é ter a coragem de decidir aquilo que é o melhor para a equipa.
— No final do jogo, fez uma roda com a equipa onde teve uma mensagem forte para os jogadores, pergunto se esta vitória pode revitalizar esta temporada do Benfica e o objetivo de chegar à próxima fase?
— Nós temos objetivos muito claros nesta competição, que é passar à fase seguinte da Liga dos Campeões e também queremos vencer os jogos todos no campeonato até ao final do ano e reduzir a desvantagem para o 1.º classificado. Queríamos prolongar o momento das vitórias sobre o FC Porto e o Estrela para aproveitarmos este momento e conseguimo-lo fazer.
— Porque decidiu fazer a roda no final do jogo, o que disse aos jogadores e o que sentiu no final quando a equipa foi agradecer aos adeptos?
— Foi um sinal de confiança, repeti o que tinha dito ao intervalo. Sentíamos que era um adversário muito difícil, competente, que joga com muita intensidade e muita verticalidade. Ao intervalo já sentia que podíamos ter um homem diferente do Aursnes entrelinhas, podíamos procurar o Amdouni que joga bem nesses espaços e fazer uma dupla atração com os dois homens da frente, mas a equipa acabou bem a 1.ª parte e senti que, se fosse preciso, faria as alterações depois de 10, 15 minutos na 2.ª parte. A equipa dá uma boa resposta, marcamos dois golos, um deles anulado e depois senti que tínhamos de fazer essa alteração. Foi um jogo muito equilibrado, as duas equipas tiveram bons momentos, mas fico particularmente satisfeito por os três pontas de lança terem marcado. Também nos sentimos em casa e acredito que esta foi uma noite muito boa para os adeptos, por aquilo que os jogadores retribuíram dentro de campo e mando um forte abraço para eles, para os que regressam para Lisboa e para os que vivem cá fora.
— Considera que o resultado não foi justo, como disse o treinador do Mónaco, Adi Hutter?
— Este era um adversário que ainda não tinha perdido na Liga dos Campeões, era um jogo para testar a nossa força e momento, porque vínhamos de duas boas exibições, mas quando olho para o jogo e para o número de oportunidades criadas, senti que, para haver um vencedor, seríamos nós, por isso estamos muito felizes por isso.