Do processo dos emails foram retiradas certidões que levaram à abertura de novos processos. Um deles é ao agente Miguel Pinho, bem como ao seu pai, Luís Miguel Pinho, detentores da agência Position Number, por alegada corrupção ativa.

"No decurso do inquérito recolheram-se indícios de que nos dias 6 ou 7 de maio de 2016, Miguel Rúben Macedo Pinho e Luís Miguel Gonçalves Pinho abordaram Edgar Costa (…) e, identificando-se como empresários de futebol, propuseram-lhe a oferta da quantia pecuniária de 30.000,00€ para que, no jogo a decorrer no dia 8 de maio de 2016 entre a sua equipa e o Benfica, efetuasse uma prestação desportiva contrária aos interesses do Marítimo", pode ler-se na acusação do caso dos emails.

Segundo a investigação, os agentes indicaram ao futebolista que "bastaria jogar mal e não rematar a baliza", prometendo também um novo contrato de trabalho, melhor remunerado, num outro clube. Edgar Costa terá recusado de imediato.

Ainda assim, estes "factos são suscetíveis de consubstanciar a prática de um crime de corrupção ativa". A acusação neste caso relativamente ao Benfica foi arquivada, pelo que foi retirada a tal certidão de forma a iniciar uma investigação autónoma aos agentes.

Também foi retirada uma certidão com vista à abertura de processos contra José Luís Moça, diretor-desportivo do Aves, e Nuno Pinto, jogador do V. Setúbal, pelo crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem. Em causa, estaria a abordagem a alguns futebolistas do Vitória, "propondo-lhes um desempenho contrário aos interesses da própria equipa, mediante a atribuição de uma contrapartida, não concretamente apurada".