
Falecido esta segunda-feira, aos 88 anos, Papa Francisco era um apaixonado por desporto e futebol, sendo assumido adepto do San Lorenzo.
Em 2023, o Papa Francisco recebeu uma camisola do Benfica, com dedicatórias dos compatriotas Nicolás Otamendi e Enzo Fernández (atualmente no Chelsea). Nuno Monteiro, recebido em audiência no Vaticano por iniciativa do arcebispo de Évora, Francisco Senra, pelo trabalho desenvolvido com os mais jovens, partilhou com A BOLA a reação do Sumo Pontífice.
«D. Francisco Senra está atento ao que tenho feito e quis que tivesse uma audiência papal. Entendi que deveria levar ao Papa algo que representasse o Alentejo, daí ter levado um chocalho para abençoar e assinar, e que representasse o País, daí a camisola do Benfica», começou por contar Nuno Monteiro, que partilhou, em primeiro lugar, os motivos que o levaram a iniciar o projeto 100 Chocalhos de Excelência, Gente Excelente.
«Senti necessidade de criar uma exposição para promover uma arte em vias de extinção, para atrair e despertar a atenção dos jovens. 100 personalidades das mais diversas áreas, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a ex-chefes de Estado, músicos, atores, apresentadores de televisão, presidentes de Benfica, Sporting e FC Porto, para não ferir suscetibilidades, Paulo Futre e Cristiano Ronaldo, todos assinaram chocalhos. A exposição está patente na fábrica Chocalhos Pardalinho, em Alcáçovas, freguesia de Viana do Alentejo. Com a assinatura do Papa o projeto entra na segunda fase. É o primeiro de 50 chocalhos que queremos que figuras internacionais assinem, para, assim, termos mais visibilidade internacional. Agora, o próximo objetivo é fazer com que Coldpay e Madonna assinem, para depois podermos fazer uma exposição que esteja depois patente em vários países», apontou.
Nuno Monteiro afirmou que o Benfica recebeu de braços abertos a sugestão de oferecer uma camisola com as assinaturas de Enzo e Otamendi. Quando chegou o momento, Nuno Monteiro contou que explicou o projeto, pediu a assinatura e bênção para um chocalho.
«Ele pediu para falarmos em português», assinalou Nuno Monteiro, que depois revelou todo os pormenores da entrega da camisola, tomando conhecimento de que tinham a assinatura dos campeões do Mundo pela Argentina.
«Começou a brincar com o meu filho, puxando-lhe as bochechas, recebeu a camisola com as dedicatórias e disse: ‘Ah, os meus argentinos. Olha, lá, é mesmo para mim. É mesmo minha. Estou tão feliz. Amo o futebol, sou louco pelos meus argentinos. Amo muito os meus argentinos e estes também.’ E tocou também no emblema do Benfica», disse.
Foi, para Nuno Monteiro, o filho Lourenço, os dois adeptos dos encarnados, e a mulher Cátia, «uma experiência brutal». A acabar Nuno Monteiro até brincou e disse que a mulher se «converteu ao benfiquismo depois de ter estado com o Papa».