Na primeira temporada a tempo inteiro na equipa principal do Vitória, Alberto está a subir degraus na hierarquia e a mostrar que é um valor a ter em conta. Por essa razão, a SAD não perdeu tempo e tratou de blindar já o jovem lateral, de apenas 21 anos, renovando-lhe o contrato por mais dois anos.

O anterior vínculo era válido até 2026, mas as partes chegaram a um acordo para que este fosse estendido até 2028, tal como foi anunciado pelos minhotos, esta quinta-feira.

Em declarações aos meios do clube, Alberto revelou-se satisfeito pela confiança. "É um voto de confiança, mas devo pensar que foi só mais um passo. Devo manter-me firme na equipa, continuando a fazer o meu trabalho", apontou.

De forma gradual, o internacional jovem por Portugal aproxima-se dos sonhos que tinha para a carreira. Tanto que, agora, já pode chamá-los de objetivos. "Dou por mim a pensar no que já consegui. Fui alcançando pequenas coisas. Agora penso no dia-a-dia, sem projetar o futuro. Tenho de fazer todos os dias pelos meus objetivos", referiu, sem esconder a gratidão para com o Vitória.

"O Vitória faz parte da minha vida. É algo mais do que especial. O clube e a cidade são muito especiais para mim. Tenho um carinho enorme pelas pessoas. De resto, o clube é propício a amizades e o ambiente criado pelos adeptos é fantástico. Os meus melhores amigos são pessoas que foram meus colegas aqui. Tenho uma relação top com eles, para sempre. Estou muito grato a todos", assumiu.

Mais integrado do que nunca na equipa principal, Alberto deixou palavras de elogio também ao grupo. "É muito diferente partilhar um balneário com atletas da equipa principal. Na formação era diferente: éramos todos da mesma idade. Agora lido com atletas mais velhos e alguns mais novos. Aprendo muito e agora até já não estranho tanto. No início, durante aquela fase em que alternava entre os bês e a equipa principal, sentia-me algo acanhado a falar com eles. Era mais introvertido, mas agora já sinto que faço parte do grupo. Posso mesmo dizer que não podia ter apanhado melhor grupo de jogadores em contexto de equipa principal. Ajudam-me muito, tanto fora como em campo. E cresci muito, com e sem bola e até em termos mentais. Cresci em muita coisa, como atleta, jogador e pessoa", afirmou.

Para trás ficaram esses tempos de intermitência. Agora, nove meses depois da estreia pela equipa A, num jogo da Taça de Portugal frente ao Penafiel, Alberto é presença constante nos treinos às ordens de Rui Borges. Ainda assim, não esquece o primeiro jogo. "Lembro-me bem desse jogo. O míster disse-me para fazer o aquecimento e ainda durou um bom bocado. Depois recordo-me de estar ao lado do Pedro Gonçalves [team manager] e entrar por fim em campo. Foi uma experiência curtinha, mas foi única. Já estou no clube há 12 épocas. Cheguei muito jovem e a primeira coisa que me passou pela cabeça era jogar no Estádio D. Afonso Henriques. É assim com todos os jovens atletas. Olham para os atletas da equipa principal e querem juntar-se a eles. Cumprimentá-los já é uma coisa fora do normal. Tive um sentimento muito bom, apesar de algum nervosismo, mas foi curtinho", lembrou.