Bem sabemos que o Campeonato Placard Andebol 1 já começou no passado fim-de-semana - início da segunda jornada antecipada. O recém-promovido SC Horta recebeu o Marítimo num duelo entre conjuntos insulares, que acabou por sorrir à turma de Paulo Fidalgo, que vai tentar entrar na fase de grupos da EHF European League. Para tal, será necessário derrotar o Ystads IF, vice-campeão sueco que conta com bastantes argumentos.
A competição continua recheada de qualidade em todos os emblemas, apesar de todas as habituais mudanças de treinadores (Nuno Santos assumiu o Vitória SC, Sérgio Marques aceitou o desafio do Belenenses) e jogadores. O formato competitivo, esse, permanece o mesmo: 12 equipas na fase regular, sendo que vão dividir-se, numa fase posterior, em três grupos - campeão nacional, última vaga na EHF European League e manutenção - de quatro conjuntos na Fase Final (com 50 por cento dos pontos obtidos). Vamos a isso?
Acima dos demais
Os candidatos ao título. O Sporting demonstrou na Supertaça que parte, pelo menos nesta fase da temporada, um passo à frente dos restantes conjuntos. A turma de Ricardo Costa, que perdeu «apenas» Edmilson Araújo (Istres Provence), Leonel Maciel (CD Bidasoa), Espen Vag e Étienne Mocquais, recorreu ao mercado de transferências para efetuar contratações cirúrgicas e adquirir os serviços de William Hoghielm (ex-HBC Nantes), Diogo Branquinho (ex-FC Porto), Pedro Martínez (ex-CB Caserío) e Mohamed Aly (ex-SG BBM Bietigheim).
Ora, este cenário «fez soar os alarmes» no quartel portista. Depois de um ano com Carlos Resende no comando técnico da equipa, a nova direção azul e branca decidiu iniciar um novo ciclo... com um velho conhecido. Magnus Andersson, que esteve ligado ao clube entre 2018 e 2023 (foi sempre campeão nacional), regressou a uma casa que bem conhece. O processo não foi assim tão simples, pois o AIX (com quem Magnus tinha assinado contrato para 2024/2025), segundo informações veiculadas pela imprensa nacional, pediu uma indemnização para que o sueco pudesse voltar ao FC Porto.
Apesar de ter ficado um ano afastado do andebol, o plantel que encontrou no Dragão Arena é praticamente o mesmo. As únicas saídas «de peso», sublinhe-se, recaíram em António Areia (Tremblay HB), Diogo Branquinho (Sporting), Nikola Mitrevski (Eurofarm Pelister) e Nikolaj Laeso (Bjerringbro-Silkeborg). Em sentido inverso, nota para o regresso de empréstimo de Miguel Oliveira (Ademar León) e para as contratações de Sebastian Abrahamsson (ex-Onnereds HK) e Thorsteinn Gunnarsson (ex-UMF Afturelding). Muito trabalho pela frente...
Assim sendo, as águias convenceram Kristof Palasics (emprestado pelo Veszprém), Egon Hanusz (ex-TVB Stuttgart) e Fábio Silva (ex-Artística de Avanca) a ingressar num projeto novamente liderado por Jota González, treinador espanhol que fazia parte da equipa técnica do Paris SG. Nota, ainda, para os regressos de Gabriel Cavalcanti e Christopher Hedberg, depois de terem ficado afastado durante vários meses em 2023/2024. Peças importantes para o tentar do alcançar dos objetivos.
Sonhos além-fronteiras
Os candidatos aos lugares europeus. Tal como aconteceu na época transata, existem quatro vagas para a EHF European League (segundo, terceiro e quarto classificado). FC Porto, Benfica, ABC e Marítimo foram os conjuntos que conseguiram essa proeza. Já falamos dos dois primeiros emblemas e, agora, está na altura dos outros dois conjuntos.
André Sousa (emprestado pelo FC Porto), André José (contratado em definitivo ao Sporting), Matheus Pereira e Gonçalo Gomes (Vitória SC), Christopher Selles e Gonçalo Nogueira (Belenenses), assim João Gamboa, que estava no Vitória FC, colmataram as saídas, por exemplo, de José Paulo Silva, Rafael Peixoto ou Pedro Castro, que assinaram pelo Vitória SC.
Não podemos utilizar as palavras «mercado de transferências agitado» para falarmos do Marítimo, uma vez que a turma insular vai continuar com (praticamente) a mesma base da última época - Pedro Peneda ingressou no Vitória SC e Alfredo Torres no Póvoa AC. Tudo o resto? Renovações de contrato e de empréstimo: Nuno Oliveira e António Machado ao Sporting.
Próximos Jogos :
QEL: Ystads IF (F) 31/08
QEL: Ystads IF (C) 06/09
D1: Benfica (C) 11/09
D1: Póvoa AC (C) 15/09
D1: Dom Fuas AC (F) 21/09
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Em busca da manutenção e, quem sabe, por algo mais...
Os candidatos ao Grupo B e à manutenção. Restam-nos seis emblemas deste Campeonato Placard Andebol 1 versão 2024/2025. Continuamos a seguir a última tabela classificativa para viajarmos até ao reduto do Belenenses. O histórico emblema português também deu início a um novo ciclo, mas com Sérgio Marques (ex-Boa-Hora) no banco de suplentes. Apesar de terem perdido 11 atletas, contrataram nomes como Cláudio Pedroso (ex-Vitória FC), Martim Ferraz (ex-Boa Hora) ou Diogo Silva (ex-Xico Andebol) para atingirirem os objetivos propostos.
Ora, quem também conseguiu a manutenção foi o Vitória SC, mas com bastante emoção à mistura. Os conquistadores só alcançaram essa distinção na última jornada, diante do FC Gaia, deixando todos os cenários em aberto. O desfecho positivo permitiu continuar esta jornada por estas andanças e, consequentemente, tentar dar um passo em frente na evolução, dadas as contratações de Freddy Lafontán (emprestado pelo FC Porto), José Paulo Silva (ex-ABC), Tiago Sousa (ex-FC Gaia) e José Ferreira (emprestado pelo FC Porto).
A narrativa é praticamente a mesma para a Artística de Avanca, pois carimbaram o alcançar do objetivo em casa do Vitória FC. Os comandados de Rafael Ribeiro terminaram em grande plano, mas partem para 2024/2025 sem duas das peças mais importantes das últimas temporadas - Fábio Silva (Benfica) e Gonçalo Silva (Águas Santas). Assim sendo, recorreram ao mercado de transferências para adquirir algumas promessas à procura de darem o próximo passo na sua evolução - Francisco Fontes, Jorge Abraham ou Henrique Relvas, por exemplo.
Terminamos este percurso na Nazaré, no distrito de Leiria. O Dom Fuas AC demonstrou ser o conjunto em melhor forma na Divisão de Honra da época passada, conquistando o título de campeão. O investimento feito nesse sentido deu os primeiros frutos e, agora, preparam-se para fazer história com a primeira participação nestas andanças. Paulo Félix continuou no banco de suplentes, mas já admitiu que a tarefa, numa primeira instância, está longe de ser fácil...