Uma segunda parte de ‘gala’ valeu quarta-feira ao Botafogo, de Artur Jorge, uma goleada histórica por 5-0 na receção ao Peñarol, que deixa os brasileiros com ‘pé e meio’ na sua primeira final da Taça Libertadores em futebol.
Depois de uma primeira metade em que foram incapazes de superar a defesa uruguaia, os líderes do Brasileirão estiveram intratáveis nos segundos 45 minutos da primeira mão das meias-finais, nos quais conseguiram cinco golos, todos com intervenção de Jefferson Savarino.
O venezuelano (51 e 59 minutos), o argentino Alexander Barboza (55), Luiz Henrique (73), autor igualmente de uma ‘enorme’ exibição e eleito o melhor em campo, e Igor Jesus (79) apontaram os tentos do conjunto do Rio de Janeiro.
Desta forma, parece quase certa uma quarta final 100% brasileira nos últimos cinco anos, uma vez que, no outro jogo da primeira mão das meias-finais, o Atlético Mineiro recebeu e bateu os argentinos do River Plate por 3-0.
No ‘Engenhão’, a primeira parte foi muito fechada, com os lances de alguma emoção a aparecerem apenas sobre o final, em remates de fora da área de Luis Henrique (dois) e Marlon Freitas.
Após o intervalo tudo foi diferente, com o Botafogo a entrar fortíssimo e a adiantar-se logo aos 51 minutos, por Savarino, após passe para as costas da defesa de Luiz Henrique.
Apenas quatro minutos depois, Savarino marcou um canto na direita, Igor Jesus ganhou de cabeça ao segundo poste e, no centro da área, o central Alexander Barboza ‘fuzilou’ de pé esquerdo.
O Penãrol estava perdido e, volvidos outros quatro minutos, Savarino ‘bisou’, na conclusão de uma excelente jogada coletiva, que passou por Luiz Henrique e teve assistência de Vitinho.
Com uma vantagem tão folgada, a equipa de Artur Jorge desacelerou, mas ainda chegou à goleada, com Luiz Henrique a marcar o quarto, aos 73 minutos, com um ‘chapéu’ de classe a Aguerre, depois de intervenção de Savarino e Igor Jesus.
A contagem fechou aos 79 minutos, com Igor Jesus a fazer um ‘chapéu’ de cabeça ao guarda-redes uruguaio, na recarga a uma defesa deste a um remate de Savarino.
O jogo ‘arrastou-se’, depois, até final, com o Botafogo, praticamente, a festejar a primeira final e o Penãrol a ficar demasiado longe da 11.ª, e primeira desde 2011, e de um sexto cetro. A segunda mão é na próxima quarta-feira, em Montevideu.
Na terça-feira, os brasileiros do Atlético Mineiro bateram em casa os argentinos do River Plate por 3-0, com dois golos de Deyverson, ex-jogador do Benfica B e do B SAD, aos 22 e 71 minutos, e ainda a assistência para o tento de Paulinho, aos 74.
A formação brasileira vai, assim, com uma robusta vantagem para o encontro da segunda mão, marcado para a próxima terça-feira no Estádio Monumental, em Buenos Aires, que será também o palco da final da prova, em 30 de novembro.
Os conjuntos ‘canarinhos’ conquistaram as últimas cinco edições da Taça Libertadores, por intermédio do Flamengo, em 2019, com Jorge Jesus ao comando, e 2022, o Palmeiras, de Abel Ferreira, em 2020 e 2021, e o Fluminense, em 2023.
Antes destes cinco triunfos, ganhou o River Plate, em 2018, após uma controversa final com o Boca Juniors, com segunda mão no Estádio Santiago Bernabéu, a casa do Real Madrid.