
Fernando Madureira já está a prestar declarações ao coletivo de juízes na primeira sessão do julgamento da Operação Pretoriano, que decorre no Tribunal de São João Novo, no Porto. Siga aqui ao minuto.
"Quero dizer que nestes 14 meses detido sempre me prontifiquei a prestar declarações, sempre falei. Declarações que não foram levadas em conta, ou foram dadas como falsas. E sempre foram verdadeiras", referiu Fernando Madureira, conhecido por 'Macaco'.
"Começamos pelo Dr. Adelino [Caldeira]. No início, o Ministério Público dizia que o plano era do Dr. Adelino, que me pediu e ao Saul que levássemos os sócios para a Assembleia para que votassem. Eu na altura disse logo que era mentira", afirmou este arguido. "Eu não falava para o Dr. Adelino três meses antes disso. Eu e a minha esposa dissemos ao falecido presidente [Pinto da Costa] que se quisesse ganhar as eleições tinha de tirar o Adelino Caldeira e o Fernando Gomes da lista. O Dr. Adelino soube e depois virou-nos a cara, a mim e ao Saul", acrescentou.
Fernando Madureira foi interrompido pela juíza, que disse que Adelino Caldeira não consta na acusação e que quer que o arguido fale dos factos em si. Madureira afirmou também: "Houve uma campanha orquestrada nas redes sociais e na comunicação social. Eu não tive nada a ver com a elaboração dos estatutos". O arguido disse ainda que "nada" ia mudar nos estatutos da claque Super Dragões.
"Quiseram-me também colar ao caso do zelador e aos Super Dragões, afinal era um caso de delinquência", referiu ainda Fernando Madureira.
Apoio a Pinto da Costa
Questionado sobre a ação dos Super Dragões tendo em vista a presença na Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023, Madureira respondeu: "Mobilizei os Super Dragões para irem à Assembleia Geral apoiar Pinto da Costa". E acrescentou: "Nunca mandei ninguém mudar de bancada".
(em atualização)