Bruno Lage não esconde que o jogo com o Monaco é muito importante para o Benfica. Antes do arranque do encontro, o técnico das águias falou à Sport TV, em pleno relvado do Stade Louis II, e aproveitou também para explicar a estratégia para o encontro de hoje.

Ideia para hoje
"A ideia para hoje é a de sempre. Quando partimos para um jogo é sempre com a ideia de fazer um bom jogo, de vencer e é essa a ambição perante os nossos adeptos, já estamos a sentir a energia positiva dos nossos adeptos. O objetivo é fazer um bom jogo e vencer"

Sobre o adversário
"Temos de perceber os momentos do jogo e o nosso adversário, que é muito forte nas transições, quer ofensivas como defensivas. Também temos de estar muito bem nesses momentos. Fundamentalmente é perceber que é uma equipa muito vertical, quer a atacar, quer a defender e podemos explorar a largura, meter a correr, meter a nossa velocidade no nosso jogo e criar as nossas oportunidades de golo. A estratégia ofensiva passa por isso: termos bola, tentar explorar os espaços laterais para depois encontrarmos os nossos espaços ofensivos"

Ritmo após paragem para as seleções
"Há a questão da qualidade do nosso plantel que obriga muita gente a ir à seleção. Ficamos com pouca gente para treinar. E os jogadores vão aos sub-21, seleção A... Uns vão e jogam todos os jogos, outros não jogam nenhum. Com o Feyenoord sentimos muito no Aktur [Kerem Akturkoglu] e o Kökçü... principalmente pela viagem. Foram 10 horas de viagem de regresso, com escala, e sentimos que em termos físicos, de recuperação quer do jogo quer da viagem não estavam frescos o suficiente. Isso também pesou. Claro que quando o adversário obriga a um foco maior é uma forma de nos prepararmos melhor. Vivemos um bom momento e queremos prolongar. É com enorme ambição que aqui chegamos porque sentimos confiança e não pelos resultados, pelos golos, mas pelo que vamos produzindo em campo".

Desgaste após seleções
"Sentimos que alguns deles quando chegam, em função do sorteio da Taça, podem pensar que vamos dar oportunidade a outros jogadores e têm mais dois ou três dias para recuperar. Há 4 ou 5 anos quando ainda não havia a Liga das Nações, a última data FIFA seria ou domingo ou segunda-feira e os jogadores teriam de regressar aos clubes segunda ou terça-feira e tínhamos pelo menos uma semana para treinar. Hoje em dia não é possível. Os sul-americanos, por exemplo, jogam às quartas, chegam relativamente tarde ao clube e isso condiciona também um pouco. É uma questão de nos adaptarmos e por isso tentamos construir um plantel vasto e dar resposta de três em três dias".

Estratégia com o Bayern
"Fica a ideia que nós treinadores chegamos ao pé dos jogadores e dizemos: 'Hoje vamos defender, amanhã atacar'. Não. Há os dois momentos. A equipa soube interpretar bem esse momento. O nosso objetivo era tentar também uma equipa muito vertical e muito forte nos duelos individuais, com uma pressão muito forte no um contra um, tentar procurar o nosso homem livre. Os médios à largura quer Fredrik [Aursnes], quer Kökçü... Infelizmente não conseguimos, houve duas ou três saídas em que não conseguimos sair e a alguma falta de confiança da nossa parte. É passado. Entretanto fizemos dois jogos muito bons nos dois planos, ofensiva e defensivamente. Este jogo é muito importante para nós".