Aleksandar Ceferin, presidente da UEFA, organismo que rege o futebol europeu, reagiu, esta quinta-feira, às várias ameaças, da parte de jogadores, que têm surgido de uma possível greve, pelo excesso de jogos e calendarização apertada, deixando críticas a essas vozes.

«Temos de reconhecer que o calendário de jogos atingiu a sua capacidade máxima. Os limites foram atingidos. Ao mesmo tempo, o impacto é muito diferente entre clubes e jogadores. Alguns estão sobrecarregados. Os outros têm capacidade disponível», começou por dizer o dirigente.

«Tenho de acrescentar o seguinte - quem é que se está a queixar? Os que têm os salários mais altos e os clubes que têm 25 jogadores de topo. Os que têm salários mais baixos e apenas onze jogadores não se estão a queixar. Eles adoram jogar», acrescentou.

Estas declarações surgem numa altura em que as Ligas Europeias e o sindicato mundial de futebolistas, a Fifpro, vão apresentar na próxima semana à Comissão Europeia, em Bruxelas, uma queixa legal contra o novo formato alargado do Campeonato do Mundo de Clubes, pela FIFA.

«O calendário sempre foi um problema. Tem de ser resolvido com todas as partes interessadas reunidas de forma aberta e transparente, para ver o que é melhor para todos e não apenas para um grupo. Os clubes estão a financiar o ecossistema e os salários são cada vez mais altos. Se tivermos as mesmas competições e as mesmas receitas, isso é um problema», acrescentou Nasser Al-Khelaifi, líder do PSG e da Associação Europeia de Clubes.