Cerca de um mês depois da Nigéria ter ficado retida no Aeroporto Al Abraq, Líbia, durante cerca de 12 horas, a seleção do Benin e respetivos adeptos foi, não só retida, como também alvo de intimidação e espancamento, ao que tudo indica, por parte da polícia local.

Garantida a qualificação para o CAN 2025 com um nulo arrancado em solo líbio, a comitiva visitante pretendia descolar de Tripoli, mas tal não aconteceu da forma desejável, como relataram alguns jogadores beninenses.

«Durante o jogo, o público ameaçou-nos. Atiraram-nos objetos sempre que nos aproximávamos das bancadas. No final da partida atacaram-nos e recebemos golpes de cassetete de alguns policias. Fomos espancados», garantiu Jodel Dosso à Rádio Bip.

«Estamos em perigo, rezem por nós», avisou também Aiyegun Tosin, avançado do Lorient. Além dos avisos difundidos, Gernot Rohr - selecionador do Benin - foi agredido a soco, enquanto que a restante equipa técnica - entre eles, Enrico Pionetti, antigo guarda-redes da Sampdoria - também saíram com ferimentos.

Após a partida desta terça-feira de solo líbio, a Federação Beninense de Futebol amplificou as declarações de outro dos seus internacionais, no caso, Steve Mounié.

«Prometeram-nos o inferno, mas transformámo-lo no paraíso. Benim será parte da grande festa em Marrocos», disse o avançado do Augsburg.