
O avançado brasileiro Clayton, que alinha no Rio Ave, lamentou a "falta de oportunidades" que teve, em 2024, na sua passagem, pelo Vasco da Gama, do principal escalão do Brasil.
"Cheguei ao Vasco com grandes expectativas, mas não tive a sequência necessária para mostrar o meu valor. Um jogador precisa de minutos para ganhar ritmo, confiança e sequência. Precisava de mais oportunidades para mostrar o meu potencial", recordou à agência Lusa, o atual terceiro melhor marcador do campeonato português.
Essa falta de oportunidades no clube carioca fê-lo a regressar a Portugal, onde já tinha jogado no Casa Pia, algo que Clayton reconheceu que facilitou a sua adaptação ao Rio Ave, ocupando, atualmente, o terceiro lugar da lista de marcadores, atrás de Gyökeres (Sporting) e Samu (FC Porto).
"Já conhecia o futebol português e isso facilitou a minha decisão de voltar. Sabia que podia crescer como jogador e quando apareceu a oportunidade do Rio Ave, com um bom projeto, não hesitei em voltar", partilhou o atacante de 26 anos.
O avançado elogiou, também, a competitividade da liga, notado que, esta época, o campeonato está "muito mais equilibrado, mas também mais difícil".
"As equipas estão mais fortes, e os jogos são decididos nos detalhes. Os grandes sabem que qualquer adversário pode dificultar-lhes o jogo. Isso torna a competição mais emocionante e também ajuda a valorizar os jogadores de todas as equipas", disse o atacante.
Clayton reconheceu que o seu sucesso individual depende do trabalho coletivo, e recusa a ideia de que a equipa vila-condense tenha a dependência dos seus 17 golos esta temporada.
"Se marquei estes golos foi porque os meus companheiros me ajudaram. Eles trabalham muito para a bola chegar até mim. Eu também tento pressionar para abrir espaços, mas é um trabalho de todos para que eu possa estar mais tranquilo, mais fresco e bem posicionado na hora marcar", vincou.
A experiência no Rio Ave tem sido positiva, tanto dentro como fora de campo. Clayton destaca a tranquilidade de Vila do Conde e a qualidade de vida que a cidade oferece.
"Vila do Conde é uma cidade tranquila, ideal para a minha família. Gosto muito da tranquilidade e da qualidade de vida aqui. A minha família também gosta muito. É uma cidade calma, e isso é bom para nós. Claro que temos saudades do Brasil, mas aqui sinto-me feliz, sinto-me bem", comentou.
O jogador também elogia a gastronomia local, especialmente o peixe, e para ele, a adaptação foi facilitada pelo acolhimento dos adeptos e da estrutura do clube.
"O peixe aqui é espetacular. Parece que sai do mar para o prato. É sensacional. Eu gosto muito de carne, mas o peixe daqui é mesmo especial. Acho que isso também ajuda a sentir-me bem aqui", brincou.