Allianz Arena. Imponente pela infraestrutura, mas também pelos resultados que guarda. O Benfica regressou a Munique, três anos depois do último infortúnio, e, diante do Bayern Munchen, acabou por ser derrotado por 1-0.

Numa noite gelada, de névoa cerrada, os corpos tremiam no estádio completamente lotada para nova jornada da Liga dos Campeões. No entanto, em campo, não parecia assim. Uma verdadeira muralha defensiva ergueu-se na área benfiquisfa, mas acabou travada por um solitário erro.

Bruno Lage surpreendeu ao fazer o Benfica alinhar num 3-5-2. Foram várias as alterações feitas no onze inicial encarnados, com Issa Kaboré a ser o lateral direito escolhido, a par de uma defesa com três centrais. Ángel Di Maria começou no banco de suplentes e Amdouni foi titular.

Muro em Munique

A primeira parte acabou por demonstrar as verdadeiras vantagens da alteração tática imposta por Bruno Lage. O Bayern privilegiou o ataque pelo flanco onde atuou Kaboré - mas o lateral do Burquina Fasso foi mostrando capacidade para travar as investidas baváras.

No entanto, não foi somente ele. A defesa do Benfica, em muito concentrada na defesa no decorrer dos primeiros 45 minutos, conseguiu reter a grande maioria das incursões dos comandados de Vincent Kompany.

O primeiro remate de perigo surgiu à passagem da meia hora e Trubin defendeu sem hesitações. O mesmo viria a acontecer minutos depois, após uma jogada de alta insistência do Bayern. O guardião ucraniano voltou a ser um verdadeiro muro.

O Bayern foi tentando promover várias ocasiões de golo, mas, simplesmente, embatia contra o muro da defesa benfiquista. Não conseguia encontrar verdadeiras soluções para atacar, dado o espaço curto no terreno de jogo para o fazer.

Um tijolo fora do sítio

A toada após intervalo manteve-se, ainda que com um Benfica mais ofensivo após a entrada em campo de Vangelis Pavlidis e, posteriormente, de Di María.

Do outro lado, a resposta chegou depois da entrada de Leroy Sané no encontro. Com mais velocidade e precisão, foi dele mesmo que surgiu o golo do Bayern, pouco após a hora de jogo.

Jamal Musiala fez as honras e inaugurou o marcador, após passe de Harry Kane. O Benfica conseguiu conter praticamente tudo durante 67 minutos.

E, mesmo a partir daí, pouco mudou. Trubin voava para defender, a pontaria mostrava-se praticamente inimiga dos bávaros e nada passava a linha de golo. A defesa encarnada permanecia hirta e dura de bater.

Mesmo no soar dos 90 minutos, a turma de Lage ia passando do meio-campo. Com incursões pelo flanco esquerdo, apenas eram travados pela defesa já no centro da área -e, mesmo assim, Pavlidis ainda pressionava sobre o portador da bola para tentar voltar à posse. Apito final. No resultado, valeu o tor de Musiala no solitário erro encarnado.

Assim foi a segunda vitória do Bayern nesta nova edição da Liga dos Campeões e consequente segunda derrota do Benfica.