O que começou como uma ambição da família Andretti para entrar na Fórmula 1 evoluiu agora para um projeto monumental sob a bandeira da Cadillac e da General Motors. Com Michael Andretti a dar um passo atrás e a Cadillac a assumir o palco principal, esta candidatura histórica sofreu várias reviravoltas, moldando o futuro do desporto.


O Começo Ambicioso de Andretti Enfrenta Resistência

Inicialmente liderada por Michael Andretti através da Andretti Global, a tentativa de trazer uma 11ª equipa para a Fórmula 1 foi recebida com respostas mistas. Embora a FIA tenha aprovado a candidatura, a Formula One Management (FOM) rejeitou o pedido, citando preocupações sobre a capacidade da equipa de acrescentar valor e manter-se competitiva.

Meses de lobby, apelos públicos e uma pressão crescente do grupo Andretti não conseguiram convencer o detentor dos direitos comerciais. No entanto, mudanças dramáticas nos bastidores mudaram a maré.


Uma Mudança de Poder: Cadillac Intervém

Num movimento pivotal, Michael Andretti renunciou ao seu cargo executivo na Andretti Global, passando a liderança para Dan Towriss, seu parceiro e CEO da TWG Global. Esta transição coincidiu com o aumento do envolvimento da General Motors, rebatizando o projeto sob a sua marca principal, Cadillac.

A reestruturação parece ter aliviado as preocupações iniciais da FOM, posicionando a equipa como uma entidade bem financiada e apoiada por fabricantes, capaz de causar impacto.

Para aumentar o mistério, a Comissão Judicial da Câmara dos Representantes dos EUA lançou uma investigação à Liberty Media, a empresa-mãe da Fórmula 1, sobre potenciais violações antitruste relacionadas com a rejeição da proposta inicial de Andretti. O CEO da Liberty Media, Greg Maffei, também se demitiu, complicando ainda mais o panorama.


O Papel Duradouro de Mario Andretti

Enquanto Michael Andretti saiu dos holofotes, o seu pai, Mario Andretti, Campeão do Mundo de F1 em 1978, permaneceu uma figura estimada no projeto. Aos 84 anos, Mario irá juntar-se ao conselho da Cadillac F1 Team como diretor não executivo, oferecendo sabedoria e orientação.

Refletindo sobre o seu novo papel, Mario expressou a sua gratidão:

“O meu primeiro amor foi a Fórmula 1, e agora—70 anos depois—o paddock da F1 continua a ser o meu lugar feliz. Estou absolutamente entusiasmado com a Cadillac, a Fórmula 1, Mark Walter e Dan Towriss. Continuar envolvido nesta fase da minha vida—tenho que me beliscar para ter a certeza de que não estou a sonhar.”

Embora não faça parte das operações diárias, espera-se que a influência de Mario como conselheiro e embaixador traga uma experiência inestimável ao projeto.


O Caminho à Frente

A entrada da Cadillac, prevista para 2026, marca um novo capítulo para a Fórmula 1. A General Motors planeia construir o seu próprio motor até ao final da década, mas a equipa irá inicialmente utilizar unidades de potência de clientes, com a Ferrari a surgir como a fornecedora líder.

A instalação da equipa, localizada em Silverstone e desenvolvida originalmente pela Andretti Global, continua a ser uma pedra angular do projeto, juntamente com um número crescente de pessoal experiente, incluindo os antigos engenheiros da Renault Pat Symonds, Nick Chester e Rob White.


Um Sonho Realizado

Desde enfrentar um completo rejeição até ser acolhido como um participante credível na F1, a jornada da Andretti Global—agora Cadillac F1 Team—destaca as dinâmicas em mudança do desporto. Para Mario Andretti, isto é mais do que uma equipa; é o culminar de uma paixão de toda a vida.

“Vou ajudar onde puder, oferecendo conselhos, inspiração, amizade,” disse Mario. “Sou extremamente afortunado.”

Com o forte apoio da Cadillac e um legado de excelência nas corridas, a equipa está pronta para causar impacto quando entrar em pista em 2026.