Está encontrado o novo capitão da seleção de França na ausência de Kylian Mbappé para os próximos encontros da Liga das Nações.

Tchouaméni, médio defensivo do Real Madrid, foi o escolhido por Didier Deschamps para capitanear os gauleses no encontro desta quinta-feira com Israel e no de dia 14, perante a Bélgica.  Em conferência de imprensa, mostrou-se orgulhoso pela nomeação.

«É com orgulho que assumo essa responsabilidade. Tive uma conversa com o selecionador e ele contou-me a decisão. Se eu fui unânime? Não sei. O que é que isso significa? O mais importante é que todos tenham a mesma ideia e queiram vencer a partida. Depois disso, existem afinidades, mas o importante é que todos se respeitem. Existem líderes em diferentes níveis. Depois, cabe ver se são ou não mais ou menos apreciados, tal como numa empresa», começou por dizer o jogador de 24 anos, acrescentando, em seguida, que esta nova geração que está a surgir pretende manter o legado da anterior.

«Há uma geração que está a desaparecer com o tempo. Foi uma geração de ouro que fez muito pelos bleus. Está a surgir uma nova geração, que é a nossa. Agora, temos de conquistar títulos e temos de fazer história por direito próprio», enfatizou.

Questionado sobre a escolha no médio merengue para render o colega Mbappé, Deschamps sublinhou que a opção foi em função do carácter do jogador: «Escolhi o Aurélien [Tchouaméni] porque acho que ele tem o perfil para assumir esta responsabilidade, graças à sua experiência e ao seu carácter. Não é preciso mudar o jogador que ele é, este é apenas mais um passo para ele. Ele não está sozinho, há outros jogadores que podem ser líderes: Mike [Maignan], Ibou [Konaté], Jules [Koundé]. Na segunda-feira vemos como correu esta opção.»

Por fim, o selecionador gaulês comentou a ausência de Mbappé e reconheceu que os clubes querem proteger os jogadores, mesmo prejudicando as seleções nacionais.

«Os empregadores são os clubes. Sempre tiveram esse poder e não são as federações que pagam os salários aos jogadores. O facto de os clubes prestarem redobrada atenção devido aos calendários que têm… e isto não se trata apenas no Real Madrid ou do Kylian. Não é bom para as seleções nacionais e eu faço o que posso com o que tenho. Não estou fechado com o Real Madrid, muito pelo contrário. Os clubes apenas dão mais importância aos jogadores que estão nas seleções nacionais. É um poder que têm e não é menos forte agora», destacou, confessando também que a decisão final da não convocatória foi sua: «Tudo tem a ver com o momento em tomo a decisão, com as informações que disponho. Ele jogou na partida do fim de semana e não estava a 100%. Isso é bom para o jogador e para a seleção francesa? Penso que não. Não houve nenhum pedido, sou eu que tomo a decisão.»