Pedro Acosta começou a época de MotoGP de forma promissora, alcançando pódios logo nas primeiras rondas. No entanto, à medida que o ano progrediu, teve uma quebra de desempenho, voltando aos bons resultados já numa fase mais adiantada.

A KTM operou uma reestruturação no departamento de competição durante a temporada. No entanto, o rookie da Red Bull GasGas Tech3 explicou ao site SPEEDWEEK.com que o que afetou a sua metodologia de trabalho foi ter admitido um erro de abordagem que o fez perder o rumo:

Penso que seguimos numa direção na minha parte da garagem que não foi a correta – em termos do que precisávamos para sermos velozes. Experimentámos muitas coisas – demasiadas, porque no MotoGP não tens muito tempo para experimentar muitas coisas nos fins de semana. Penso que aí perdemo-nos um bocado. Num ponto, saímos outra vez. Essa foi a coisa mais sensata a fazer, por muito que magoe, porque ninguém quer admitir que errou.

De seguida, Acosta deu exemplos desse trabalho menos certo que fez: ‘Em Silverstone, por exemplo, comparámos o novo escape com o do ano passado. Em várias corridas, ainda comparamos a nova aerodinâmica com a aerodinâmica do início do ano, o que não é normal. Se algo novo vem para a garagem, provavelmente é porque provou ser bom. Ainda estivemos ocupados a ver o que funciona e o que não funciona. Precisava ou preciso de mais tempo do que o Brad [Binder] para entender se algo é melhor ou não é bom. Tomei como garantido que o que eles traziam era sistematicamente melhor. Mas nem sempre é o caso, é por isso que testávamos’.

Porém, o espanhol acabou por aprender algo, como contou: ‘Em certo ponto, compreendi que tens de ser egoísta: se não sabes exatamente e uma inovação significa ires até ao fim com ela, é por vezes melhor parar tudo e dizer: «Olhem, não vou fazer isto e iremos experimentar outra vez no teste»’.