Depois de cinco anos consecutivos na Champions, a estreia do FC Porto na segunda prova europeia mais importante terminou com clara derrota em casa, frente ao Melsungen, por 24-29, em encontro da 1.ª jornada do grupo F da Liga Europa.

Desde o primeiro minuto da partida que os alemães tomaram controlo da partida. Não só se mostraram eficientes no processo ofensivo, como castigaram muito bem os erros ofensivos dos azuis e brancos que, na 1.ª parte, apenas marcaram 10 em 23 remates (43%).

«Em primeiro lugar jogámos contra uma grande equipa. Fazem-nos parecer pior do que somos, porque são muito grandes e sabem defender. Mas estamos desapontados com a forma como jogámos, com muito pouca confiança e ritmo», começou por dizer o treinador da equipa lusa, Magnus Andersson.

Depois de um 0-2 a abrir, o empate voltou a verificar-se (3-3), mas desde então que o FC Porto não conseguiu fazer frente aos germânicos, muito por culpa de uma forma inconstante na partida. E nas competições europeias, os erros pagam-se caro.

Lenta e eficientemente, o Melsungen foi crescendo no marcador e chegou aos 4-7, com o guarda-redes Nebojsa Simic (6/16 defesas na 1.ª parte) a frustrarem aproximações azuis e brancas no marcador. E, assim, chegaram aos seis golos de vantagem que mantiveram até ao intervalo (10-16).

Mas era mesmo dia não para os dragões que continuaram a falhar boas oportunidades, enquanto o guardião dos alemães viveu uma noite memorável. Logo nos primeiros cinco minutos fez mais três defesas e não fosse Mamadou Diocou, a história talvez ainda fosse pior. O ponta direita esteve irrepreensível e marcou oito golos em outras nove tentativas até aos 40’ de jogo (16-21).

«Viu-se que a equipa foi abaixo quando falhavam oportunidades. Não sei mais como posso ajudá-los a marcar golos, mas vamos falar sobre isso», avisou o sueco.

Entre golpes e contragolpes, nada destruía a vantagem alemã. Magnus Andersson pediu o primeiro timeout a oito minutos do fim, de forma a tentar surpreender os forasteiros, mas sem sucesso, enquanto Simic defendia (quase) tudo o que era possível. Terminou a partida com 16 defesas em 37 remates (43%) e o FC Porto inicia campanha europeia com derrota.