Hwang Ui-Jo, avançado internacional sul-coreano que alinha nos turcos do Alanyaspor, foi esta quarta-feira, pela primeira vez, presente a tribunal em Seul, na Coreia do Sul, para prestar declarações sobre uma investigação na qual foi acusado de gravar relações sexuais com pelo menos duas mulheres sem qualquer tipo de consentimento. Em causa estão quatro casos, que terão ocorrido, de acordo com o Ministério Público, entre junho e setembro de 2022 e sobre os quais o ponta-de-lança, de 32 anos, assumiu hoje a culpa e mostrou arrependimento.

"Não vou fazer mais nada de errado no futebol, apenas o meu melhor como jogador de futebol. Peço sinceras desculpas à vítima que foram afetadas pelas minhas ações e lamento profundamente a deceção que causei a todos aquele que se importaram comigo e me apoiaram desde sempre", disse Hwang Ui-Jo, companheiro de equipa dos portugueses Rony Lopes e Nuno Lima no Alanyaspor, assim como de Gaius Makouta (ex-Sp. Covilhã, Sp. Braga B e Boavista) e Loide Augusto (ex-Sporting sub-23, Sporting B, Feirense e Mafra).

De acordo com o despacho da acusação do Ministério Público, o jogador do Alanyaspor, que enfrenta até quatro anos de prisão, foi extorquido pela cunhada, que teve acesso aos vídeos e ameaçou divulgá-los caso Hwang Ui-Jo não lhe desse dinheiro em troca. O sul-coreano não aceitou a tentativa de extorsão da então cunhada e acabou por ver as imagens serem divulgadas nas redes sociais, através de um perfil falso criado pela mesma. Fruto da tentativa de extorsão e da divulgação dos vídeos, a antiga cunhada de Hwang Ui-Jo, irmã de T-ara, cantora de K-Pop com quem o jogador tinha uma relação amorosa na altura dos acontecimentos, foi condenada a três anos de prisão.

Hwang Ui-Jo estava na lista de convocados da Coreia do Sul para os jogos da seleção na Taça Asiática, mas acabou por ser afastado do grupo até que a investigação fosse concluída.