A Federação Portuguesa de Basquetebol já reagiu à recusa das 12 equipas da liga masculina em ir a jogo pela segunda jornada consecutiva. Em comunicado, o organismo mostra-se compreensivo perante a tomada de posição dos clubes em adiar o início da competição e assegura que continua a efetuar «contactos recorrentes» com as várias entidades, «quer a nível operacional, quer a nível governamental», para reverter as dificuldades existentes para a inscrição de jogadores estrangeiros- principalmente norte-americanos- por força da nova legislação nacional.

«Tendo em conta a situação descrita, todos os 12 clubes da Liga Betclic Masculina entenderem que a melhor solução era adiar o início da competição, não se realizando a 1ª e 2ª jornadas nas datas previstas (4 e 12 outubro). A FPB foi compreensiva com a situação, reconhecendo que os processos não têm sido tratados nos prazos definidos. No caso da Liga Betclic Feminina, esse entendimento não foi unânime entre os clubes, pelo que a competição teve início na data prevista, ainda que com constrangimentos.  Ao longo deste processo, e sobretudo nas semanas que antecederam o início das competições, a FPB efetuou contactos recorrentes com as entidades envolvidas no processo, quer a nível operacional, quer a nível governamental, com o intuito de garantir o cumprimento dos prazos de resposta por parte da AIMA, ou de encontrar soluções alternativas. Infelizmente, apesar da recetividade que têm demonstrado os membros do Governo, ainda não foi possível desbloquear a situação», pode ler-se no 6.º e 7.º pontos do comunicado da FPB, salientando a entidade, em seguida, que se encontra empenhada a reverter a situação o mais depressa possível.

A FPB lembra que quatro federações desportivas e a Liga de futebol assinaram um protocolo que pretendia agilizar a Concessão de Autorização de Residência a Atletas e Treinadores Profissionais para os primeiros escalões, masculinos e femininos, mas a a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo)  não tem conseguir cumprir o prazo de dois dias para tratar da documentação, sendo que, em alguns casos, o tempo de espera terá sido superior a oito dias.

«A FPB continua fortemente empenhada em garantir que todos os processos de inscrição de estrangeiros pendentes sejam deferidos o mais rapidamente possível e continuará os contactos com os responsáveis governamentais para que, num futuro próximo, estes processos possam ser mais céleres e consentâneos com a realidade desportiva», concluiu.