O Rio Ave viajou até Rio Maior para carimbar a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal com uma vitória por 1-3 sobre o Casa Pia. Clayton, Kiko Bondoso e Tiago Morais marcaram os golos dos rioavistas.
É preciso recuar até 1994/95 para descobrirmos o último encontro entre estas duas formações, na prova rainha do futebol português, e que também terminou co a vitória dos vilacondenses. A turma de Petit já não chegava a uma fase tão avançada da prova desde 2021/22.
Velozes & Pragmáticos
Assim se resume o primeiro tempo desta partida. As equipas à imagem de Petit, normalmente, caracterizam-se por um pragmatismo, sobriedade e ardil por demais notórios. São equipas que mesmo sem bola, mesmo sem «aparente controlo», conseguem manter-se ligadas ao jogo e não costumam precisar de muito para ferir o adversário.
Quer um exemplo disso, caro leitor? Samuel Obenge teve nos pés a oportunidade de abrir o marcador (3'), depois de um grande passe de Livolant, e que culminaria com chave de ouro uma grande entrada em campo dos gansos. Mas foi o Rio Ave quem, nas duas vezes em que chegou à baliza de Ricardo Batista, fez dois golos!
É futebol! À passagem do minuto 6 Kiko bondoso entrou de rompante na área do Casa Pia para responder da melhor forma ao cruzamento de Brandon Aguilera e nove minutos depois Clayton aproveitou um erro Miguel Sousa e, servido por João Novais, marcou à ex-equipa. Estava feito o 0-2.
A reação que João Pereira pediu aos seus jogadores demorou, mas veio. Os casapianos tentaram ferir os forasteiros em organização ofensiva, mas foi num contra-ataque que acabaram por fazer golo.
Miguel Sousa lançou Henrique Pereira nas costas da defesa adversária e o ex-Benfica, depois de um grande trabalho sobre o opositor, atirou de pé esquerdo e sem hipóteses para Miszta. 1-2 na saída para os balneários!
Cada tiro, cada melro
A segunda metade começou com um Casa Pia de intenções firmes, como seria sua obrigação. Depois de uns primeiros 45 minutos meritórios dos vilacondenses, coube aos lisboetas exporem-se mais na procura pela igualdade.
Com bola, a turma de João Pereira foi intensa e bem intencionada na procura pelo golo, mas a verdade é que Miszta praticamente não teve trabalho.
Max Svensson entrou para o lugar de um desgastado Henrique Pereira e foi o jogador que mais tentou remar contra a maré. Aos 68' foi servido por Geraldes - atirou por cima da trave - e aos 76' fletiu da direita para dentro, armou o pé esquerdo e atirou ao lado da baliza do Rio Ave. Faltou eficácia.
Quem não precisa de avisar muito antes de fazer golo é a formação de Petit. Aqui está mais um exemplo daquilo que lhe falei anteriormente, caro leitor. O Rio Ave até pode parecer desconfortável em campo, mas tem a «ratice» e a frieza suficientes para não tremer na hora H.
O terceiro e último golo dos vilacondenses foi criado pela dupla que saltou do banco de suplentes no decorrer na segunda metade. João graça desmarcou Tiago Morais nas costas de Goulart e o ex-Boavista - depois de voltar a superiorizar-se ao central casapiano - rematou rasteiro para o fundo das redes. Estava feito o 1-3 final!
Até ao final destaque apenas para a grande defesa de Miszta ao livre direto cobrado por Max Svensson. Na próxima eliminatória da competição o Rio Ave vai receber em Vila do Conde os aveirenses do S. João Ver.