O ex-chefe da Haas, Guenther Steiner, que nunca foi de rodeios, dirigiu-se aos seus antigos rivais, Christian Horner e Toto Wolff, criticando as suas abordagens e as dificuldades atuais na Fórmula 1. Desde que saiu da Haas em janeiro, Steiner manteve-se como uma das personalidades mais francas da F1, agora a apresentar para a RTL e a participar em várias atividades promocionais.

Steiner, conhecido pelas suas opiniões diretas, não se conteve ao refletir sobre o seu tempo no paddock com dois dos Team Principals mais bem-sucedidos da F1. Christian Horner da Red Bull e Toto Wolff da Mercedes, ambos titãs do desporto, lideraram as suas equipas durante períodos dominantes, mas os seus métodos são notoriamente distintos. Steiner deixou claro qual dos dois mais o irritava.

Quando questionado sobre quem era mais irritante durante o seu tempo no topo, Steiner respondeu de forma franca. “Quem era mais chato no topo? Eu diria Christian! Vinha com demasiado drama,” comentou no podcast Red Flags. Contrastou isso com o comportamento de Wolff, afirmando: “Nunca houve realmente drama com o Toto – ‘estamos a ganhar porque somos os melhores!’”

Apesar da sua preferência pelo estilo de Wolff durante a era dominante da Mercedes de 2014 a 2020, Steiner foi crítico das dificuldades atuais da Mercedes. Apesar de ter vencido três corridas em 2024, a equipa alemã encontra-se num limbo no meio do pelotão, incapaz de desafiar a Ferrari à frente enquanto lidera confortavelmente a Aston Martin atrás no Campeonato de Construtores. A avaliação de Steiner sobre a Mercedes foi dura: descreveu a equipa como “perdida” e fez uma crítica à sua gestão de pneus, que se tornou um problema recorrente.

Ele não se conteve ao abordar as queixas contínuas de George Russell sobre os pneus da Pirelli. “Os comentários do George são sempre os mesmos – ‘o pneu não funciona’. Sim, se o teu carro não é bom, o pneu não funciona! Desculpa. Eu já estive lá antes e não é algo novo,” afirmou Steiner, referindo-se à sua própria experiência na Haas. “Se não sabes a quem culpar, culpa a Pirelli! É simples!”

Steiner reconheceu as ocasionalmente boas performances da Mercedes, mas destacou a sua inconsistência. “Eles tiveram algumas corridas em que foram muito bons e surpreenderam-me. Mas depois perderam isso novamente. É muito irregular,” concluiu, apontando para a forma imprevisível da Mercedes e a falta de clareza na resolução dos seus problemas.

Os comentários do ex-chefe da Haas sublinham a sua abordagem direta e a sua disposição para dizer o que pensa, independentemente da estatura dos seus adversários. À medida que a F1 continua a evoluir, Steiner permanece uma presença vocal e influente, sem medo de criticar até mesmo as figuras mais bem-sucedidas do desporto.