A Seleção Nacional de atletismo já está completa com a chegada de Jessica Inchude, que esteve em Nicosia no Chipre, e Patrícia Silva, as últimas a juntarem-se à comitiva que vai participar nos Mundiais de pista curta que a China acolhe a partir de sexta-feira. Na realidade, esta madrugada (3h15) a filha de Rui Silva é a primeira a tentar a sua qualificação para a final dos 800 metros.

Há sete portugueses em Nanjing mas as atenções estarão centradas, sobretudo, em Salomé Afonso, Isaac Nader e Auriol Dongmo que já este mês conquistaram medalhas nos Europeus nos Países Baixos.

Portugueses em ação

sexta-feira

  • 3h15 800 m Patrícia Silva (eliminatória)

  • 10h33 1500 m Salomé Afonso (eliminatória)

  • 11h18 1500m Isaac Nader (eliminatória)

  • 11h50 peso Auriol Dongmo e Jessica Inchude FINAL

Apontar para mais medalhas é agora um exercício mais complicado tendo em conta a entrada em cena de atletas dos Estados Unidos e dos países africanos, mas continua de pé a esperança de que possam discutir pódios.

A delegação lusa caiu para sete atletas, em relação aos 20 que estiveram nos Europeus de Apeldoorn, há duas semanas, e, aos três medalhados, juntam-se Jessica Inchude, vencedora do peso na Taça da Europa de Lançamentos, no passado sábado. Completam a equipa Gerson Baldé, no salto em comprimento, Abdel Larrinaga, nas barreiras, e Patrícia Silva, 800 m.

No ano passado, em Glasgow, o triplista Tiago Pereira, agora ausente, foi medalhado de bronze, ficando Isaac Nader, nos 1.500 metros, e João Coelho, nos 400, à beira do pódio, com inesperados quartos lugares. O algarvio Isaac Nader, de 25 anos, não parou de evoluir desde então, em Apeldoorn foi bronze e chega a Nanjing com a segunda marca entre os inscritos, atrás de Jakob Ingebrigtsen, para quem não se vislumbra concorrência.

O atleta português não contará com a concorrência feroz dos melhores africanos, britânicos e norte-americanos que vão faltar, apostando nos Mundiais de Tóquio, no verão, mas há ainda mais cinco competidores com marcas de 2025 abaixo dos 3.35,00, o que é garante de grande equilíbrio para o segundo lugar, claro, porque ninguém acredita que ouro fuja Ingebrigtsen.

Salomé Afonso chega à China com as duas medalhas conquistadas nos Países Baixos e apenas focada nos 1500 metros, mas a sua missão é bastante complicada, dado que na lista de inscritas há 13 atletas com melhor marca que a benfiquista (4.05,04) e três abaixo dos quatro minutos: as etíopes Gudaf Tsegay (3.53,92) e Diribe Welteji (3.58,89) e a norte-americana Heather McLean (3.59,60).

Jessica Inchude e Auriol Dongmo, campeã mundial de 2022, que viu a época de 2024 ser arruinada por lesão grave, são as apostas portuguesas no peso, mas também aqui a exigência sobe para outro nível, a exigir das portuguesas uma tarde de sonho.

Dongmo foi medalhada de bronze em Alperdoorn e chega à China com 19,26 metros, a quinta melhor marca entre as inscritas, imediatamente à frente de Jessica Inchude, a vencedora da Taça da Europa de lançamentos, no último fim de semana, com 19,21. As quatro melhores do peso são a campeã europeia, a neerlandesa Jessica Schilder (20,69), a canadiana Sarah Mitton (20,68) e as norte-americanas Chase Jackson e Keayla Dove 20,24 e 19,46, respetivamente.