O tenista Jaime Faria regressou esta quarta-feira à competição em Portugal, após ter sido eliminado por Novak Djokovic na segunda ronda do Open da Austrália, com uma derrota na estreia no Indoor Oeiras Open 3 e uma lesão no joelho.

O lisboeta, de 21 anos, contraiu uma inflamação no tendão do joelho esquerdo ainda em Melbourne Park, fruto das muitas horas passadas em 'court' ao longo da fase de qualificação e das duas rondas do quadro principal, tendo voltado ao Jamor, onde decorre o challenger de categoria 100, sem grandes argumentos para impedir a vitória do suíço Marc-Andrea Huesler, por 6-3 e 6-2.

"Não foi um encontro muito bem conseguido. Ele também teve muito mérito na forma como serviu, como manteve a distância no resultado, porque ele fez sempre os 'breaks' nas fases iniciais, e controlou com o serviço. Muita qualidade e, eu para ser sincero, não tive muitas hipóteses na resposta. Não estava a 100%, doía-me o joelho esquerdo e no serviço custou-me um bocado. Não estava a ter boas percentagens, forcei um bocado e decidi ir até ao final", contou em conferência de imprensa.

Faria, que ocupa o 125.º lugar no 'ranking' ATP, confessa que não sabe "se foi uma boa decisão" jogar no Indoor Oeiras Open 3, que está a decorrer na nave dos 'courts' cobertos do Jamor, mas afirmou: "um torneio em casa, com 100 pontos em jogo, é demasiado bom para não se jogar."

"Ainda para mais conheço bem estas as condições. Sabia que este não era o 'match' fácil para estas condições, mas, lá está ainda, tenho muita coisa na cabeça. Confesso que ainda não consegui muito bem estabilizar e ter 100% do foco que consegui ter em Melbourne e na época passada, em vários momentos. Neste jogo não consegui, um jogo indoor é muito rápido e não dá margem e, com um servidor destes, tenho de estar sempre focado no serviço. Não tive e custou um bocado", assume o tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis.

Tendo em conta a mazela, Jaime Faria acabou por desistir do encontro de pares, ao lado do amigo Henrique Rocha, contra o espanhol Inigo Cervantes e o venezuelano Luís David Martinez, dando lugar à dupla 'alternate', constituída pelo peruano Alexander Merino e ao alemão Christoph Negritu.

"Já me doía na Austrália, conseguimos gerir um bocadinho, através de outros métodos, e aqui fui a jogo, mas acho que não é sensato jogar os pares. Tenho um tendão inflamado, é normal da sobrecarga dos muitos encontros e horas em campo, uma coisa que não estava habituado a jogar mais de três 'sets'. Depois toda a tensão e pressão acumulada não ajuda. Foram duas semanas muito intensas para mim e acho que é normal ter estes toques", justificou.